quinta-feira, 15 de novembro de 2018

44- Resenha do livro CIDADES DE PAPEL


JOHN GREEN, EDITORA INTRÍNSECA, 2014, 251 páginas


RECOMENDAÇÃO: LITERATURA JUVENIL

O livro conta a história de Margo, uma adolescente que está no último ano do ensino médio que se considera problemática, pois tem um relacionamento difícil com os pais e tem poucos amigos. Está sempre planejando ações que a coloquem em evidência mesmo se ninguém souber quem as fez. Ela sente uma satisfação indescritível nisso. Numa noite qualquer, resolve pôr em prática coisas que planejou contra todas as pessoas que de alguma forma a insultaram com suas palavras ou atitudes. Para isso, conta (forçosamente) com a ajuda de Quentin, um amigo que depois desta noite, se apaixona por ela, uma vez que reconhece nela, uma pessoa decidida. Os dois saem na madrugada e, de casa em casa, agem de forma a humilhar essas pessoas. São onze passos detalhadamente planejados e executados sem falha nenhuma. Chegam novamente em casa no clarear do dia. Quentin vai para o colégio, mas sua manhã não tem proveito nenhum nos estudos. Margo nem foi. Aliás, Quentin foi quem por último a viu. Aquela noite foi uma espécie de despedida para Margo. Ela desapareceu.

Os pais não registraram queixa do seu desaparecimento. Pois ela já havia sumido por dias várias vezes e sempre voltava para casa. Eles estavam revoltados com seu sumiço porque diziam que o que ela queria, era chamar a atenção sobre si mesmo; achavam-na egocêntrica e até resolveram trocar as fechaduras da casa para que ela percebesse que a vida não girava em torno dela.

Quentin era o mais preocupado com essa situação, pois ele sabia como Margo era tratada pela família; por isso resolveu investigar seu desaparecimento. Foi até o quarto dela atrás de pistas e encontrou várias, porém todas muito intrincadas e direcionadas a ele, em especial. A partir daí, começa a procura desenfreada para tentar entender para onde as pistas levavam. Uma pista era um livro de cunho filosófico em que ela havia feito grifos com várias cores de marca texto. Procurou ajuda para interpretar o poema ou as citações grifadas até mesmo com sua professora de literatura. Quentin ficou noites e noites sem dormir até acreditar que entendeu uma das charadas deixadas por ela. Sem perda de tempo, mesmo estando no dia da formatura do ensino médio, ele decide que vai atrás da pista. Ele sentia que poderia não haver outra chance de encontrá-la, pois achava que ela poderia estar querendo se suicidar. Seus amigos Ben, Radar e Lacey vão com ele numa corrida contra o tempo ao descobrirem essa pista marcando um lugar onde Margo estaria até o outro dia. Eles tinham menos de vinte e quatro horas para chegar até lá e o trajeto tinha que ser feito a toda velocidade e com paradas parecidas com os pit stops das corridas.

Essa viagem é marcada pela persistência de Quentin e pela resistência dos quatro amigos que se revezavam dirigindo e juntos sofreram o cansaço, trânsito lento em alguns lugares e até mesmo um momento de extrema tensão no qual Ben agiu na hora certa conseguindo evitar um acidente que poderia ter sido fatal, uma vez que Quentin que estava dirigindo, ficou sem ação.

O fim é um tanto quanto previsível visto Margo ter a personalidade que tem.

O livro narra os fatos de modo bastante introspectivo, o que parece ser uma característica do estilo do autor. 

Vale a pena ler o livro.






quarta-feira, 7 de novembro de 2018

43 - Resenha do livro FRANKENSTEIN

MARY SHELLEY, DCL CULTURAL, 2007, 112 páginas

RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES
 
Esta é uma das primeiras e mais famosas histórias de terror da literatura mundial. Contada ao capitão Walton por Victor Frankenstein o qual foi acolhido pelo capitão do navio Prometheu quando o mesmo estava encalhado entre geleiras próximo ao Polo Norte.

Victor contou que morava com sua família: os pais, Alphonse e Caroline, com os irmãos Ernest e Wilian, a irmã adotiva Elizabeth, em Genebra na Suíça. Morava com eles também, a família de Justine a qual trabalhava para eles havia bastante tempo. Elizabeth havia sido adotada porque seus pais morreram numa epidemia de escarlatina que assolou a região. Anos mais tarde, Caroline morreu desta mesma doença e antes que isso acontecesse, fez Victor prometer que se casaria com Elizabeth. Victor era jovem e foi cursar faculdade na Alemanha e como tinha fixação em descobrir como reviver os mortos, começou a fazer experiências para conseguir dar a vida novamente a quem já havia morrido. Pegava corpos em cemitérios e necrotérios, costurava-os e sonhava com o dia em que a criatura assim formada ganhasse vida. E o inesperado aconteceu. E logo que a criatura abriu os olhos, destruiu todo o laboratório e saindo, levou consigo o diário de sua criação.

Victor ficou muito assustado, mas como a criatura sumiu, ele ficou mais despreocupado até saber da morte um dos seus irmãos em circunstância misteriosa tendo recaída a culpa pelo assassinato nas costas de Justine.

A criatura queria muito ser aceita por todos, queria viver. No entanto, todos os que entravam em contato com ela, achavam-na horrível e se distanciavam. Ele morou um tempo perto de uma família sem se deixar ver. Com eles, aprendeu inclusive a ler podendo enfim, conhecer sua história. Ajudava-os no trabalho e isso os consolava na sua pobreza. Mas no dia em que ele se apresentou a eles, não houve acordo e a família fugiu com medo.

O monstro então resolveu procurar por Victor com o pedido de que ele fizesse outra criatura – feminina – para conviver com ele. O cientista imediatamente começou o seu novo experimento, porém isso não se concretizou. Antes que ele o completasse, teve consciência do que poderia acontecer se essas criaturas se procriassem e, por isso, resolveu destruir a criatura projetava que só faltava ter vida. Sua atitude foi interpretada da pior maneira possível pelo monstro que resolveu se vingar de ter nascido com aquela aparência horrenda criando um verdadeiro caos na vida de seu criador.

É uma história de tirar o fôlego.

Recomendo fortemente sua leitura.



42- Resenha do livro UM CADÁVER OUVE RÁDIO

MARCOS REY, EDITORA ÁTICA, 1983,  123 páginas

RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES


O livro conta a história do assassinato de Alexandre, um sanfoneiro que estava se abrigando numa obra em construção. Quem o encontrou morto foi Muriçoca, um rapaz gago que procurava emprego e como ouviu o som de um rádio, achou que tinha gente no edifício a quem pudesse pedir por um trabalho. Após o susto, dirigiu-se à delegacia.

 Inicialmente, ficou sendo o principal suspeito. Léo, que era um mensageiro que trabalhava em um hotel cinco estrelas, foi chamado para reconhecer o corpo e ao chegar ao local do crime, viu que se tratava de um amigo da família – o Boa-vida. Não conseguiu pensar em nada que pudesse ser elencado como motivo do crime, por isso resolveu investigar tendo como ajudantes, Gino – seu primo enxadrista e cadeirante -, Zula – a mãe de Gino - e Ângela. Além de Muriçoca, tornaram-se suspeitos, Elvira – ex-mulher de Boa-vida -e João Valentão – outro sanfoneiro, amigo de farra de Alexandre visto que os dois haviam brigado recentemente.

A primeira pessoa a ser interrogada por Léo e Ângela foi Elvira que era proprietária de uma loja que comercializava pássaros e gaiolas. Em seu escritório, foram encontradas caixas de bebidas e pacotes estranhos à essa atividade o que lhes pareceu bastante estranho.

Depois foi feita uma tentativa frustrada de interrogatório à João Valentão e nesta ocasião, Léo foi espancado e a única coisa que descobriu foi que a sanfona da vítima estava no local onde João se apresentava.

A partir daí, entrou em cena, um homem chamado Sandoval que disse ser um primo muito próximo de Alexandre e estar muito triste por ter tido a possibilidade de evitar o assassinato e não o fez por achar o primo um cara muito à toa. Ofereceu até uma recompensa para quem denunciasse o assassino.

Em outro dia, Muriçoca, Elvira e Sandoval receberam ligações de alguém que se dizia amigo de João Valentão e ameaçava matá-los por tê-lo denunciado. Muriçoca ficou com muito medo e foi morar com Zula e nem saía de casa.

Léo e Ângela foram atrás de Luana -namorada do sanfoneiro- no intuito de encontrar o suspeito achando-o tocando sanfona num circo, porém ele mais uma vez conseguiu se esquivar da perseguição.

As investigações da polícia e dos amigos continuaram centralizadas em João Valentão e quando enfim conseguiram prendê-lo, percebem que não é ele o assassino.

O autor do livro guardou suas últimas fichas para os capítulos finais mesmo já tendo deixado pistas no início do livro com os itens que foram encontrados no local do crime.

Um trabalho primoroso do suspense policial, uma das especialidades deste talentoso escritor. Vale muito a pena ler o livro.


terça-feira, 6 de novembro de 2018


41- Resenha do livro CORRIDA INFERNAL

MARCOS REY, EDITORA ÁTICA, 1990,  117 páginas

RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES

O livro conta a história de Elaine que está em um metrô quando entra uma mulher carregando uma boneca famosa e senta ao seu lado e conversa banalidades aparentemente disfarçando para não ser notada por dois homens que pareciam estar procurando alguém. Num certo ponto do trajeto, a tal mulher dá a boneca a Elaine e desce do metrô não sem antes se certificar do endereço de Elaine e foi imediatamente seguida por um dos homens enquanto o outro permaneceu dentro dele.

Ao descer, a moça se reencontrou com seus dois comparsas, Lena contou que escondera o diamante roubado dentro de uma boneca ao fugir da joalheria onde os três haviam roubado a joia.

Enquanto isso, Elaine deu a boneca a Gabi, uma vizinha que estava se mudando da favela porque Vitor, seu namorado ficara enciumado achando que ela havia ganho a boneca de algum outro admirador. Quando Vitor percebeu que o ciúme era desnecessário soube que Elaine dera a boneca, por isso comprou outra igual para ela bem a tempo de Lena chegar e pedir sua boneca de volta e levar, sem perceber, outra boneca.

Elaine e sua avó viram pela televisão uma reportagem sobre o assalto e a moça reconheceu Lena e logo a avó percebeu a intenção da moça ao entregar a boneca à neta. O casal de namorados seguiu imediatamente rumo à favela para tentar recuperar a boneca com o diamante para o qual a recompensa era bastante significativa, mas ao chegarem lá, a boneca tinha sido roubada por um trombadinha a poucos minutos.

Enquanto isso, os assaltantes dirigiam-se a um local onde um receptador de joias roubadas iria comprar o diamante e esquartejarem a boneca, mas não encontraram o diamante.
Ao saber, a única explicação para Lena é de que sua prima costureira a havia enganado e foram até a casa dela. Como a prima confirmou ter pregado o diamante na boneca e os bandidos continuavam achando que ela era mentirosa, espancaram-na até que perdesse os sentidos, reviraram toda casa sem encontrar nada e só saíram quando os vizinhos notaram que havia algo errado em seu cômodo.
Elaine e Vitor foram até a favela, mas também não encontraram a boneca e se lembraram que a avó poderia estar recebendo a visita dos bandidos para procurar a boneca lá.

Depois disso, a mãe do trombadinha Zito vendeu a boneca para as diretoras de um orfanato e quando esta boneca e um monte de outras já estavam embrulhadas como presente de natal para as meninas que lá eram abrigadas, apareceram Vitor e Elaine e os criminosos para reavê-la. As diretoras ficaram ainda mais nervosas quando a polícia chegou.

É uma trama digna de filme policial, Vale muito a pena ler.






# RESENHA Nº 229 #LIVROS   TÍTULO DO LIVRO: UM BANQUETE PARA HITLER AUTOR(A): V. S. ALEXANDER TRADUÇÃO: CRISTINA ANTUNES EDITORA...