segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

 


#resenha nº 175

#livros

 

TÍTULO DO LIVRO: EM DEFESA DE JACOB

AUTOR(A): WILLIAM LANDAY

TRADUÇÃO: MARCELO SCHILD

EDITORA: RECORD

ANO DE PUBLICAÇÃO: 2012

NÚMERO DE PÁGINAS: 441

RECOMENDAÇÃO: JUVENIL

 

            Andy Barber, que é quem narra a história em primeira pessoa, é o promotor adjunto do lugar e é sempre um dos primeiros a saber de qualquer homicídio ocorrido na cidade de Newton em Massachussets. E, na maioria das vezes, toma a frente do caso a fim de tentar descobrir o culpado. E não foi diferente quando recebeu a ligação que o informava do aparecimento de uma vítima nos arredores de sua casa, num parque. Ben Rifkin, um adolescente de 14 anos, estava morto e tudo indicava que havia sido assassinado.

            Entretanto, o fato de que seu filho Jacob estudava na mesma escola que a vítima, obrigou-o a se afastar do caso porque o seu filho foi considerado suspeito porque, em conversas por uma rede social, um colega escreveu que ele tinha uma faca e insinuou que o garoto a tivesse usado para matar Ben.

            O pai interrogava o filho tentando fazer com que ele revelasse tudo sobre seu relacionamento com Ben para identificar se ele tivera razões para cometer essa brutalidade, porém o garoto estava inacessível. Das poucas coisas que tentou descobrir com outros colegas é que Ben era um garoto estúpido que gostava de humilhar os outros com piadinhas de mau gosto. Fez também uma investigação por conta própria seguindo um jovem pedófilo que era amigo de Ben.

            Em certo ponto, os pais de Jacob já não tinham mais certeza da sua inocência. Laurie, a mãe, durante uma conversa com um psiquiatra, lançou fagulhas de suspeitas quanto ao pai de Andy que estava preso por homicídio. Com isso, ela esperava justificar a culpa do filho pelo fator genético.

            Além de tudo isso, havia ainda uma disputa velada entre Barber e o promotor designado para acusar Jacob; este sempre quisera o lugar de Andy e estava tentando mostrar que era bom o suficiente para ocupá-lo. Sendo assim, o julgamento tornara-se ainda mais ferrenho estendendo-se por vários dias.

Os capítulos são longos o que faz parecer o thriller ainda mais angustiante. Mesmo assim, o livro é muito interessante e envolvente.

A história foi transformada em minissérie com 8 episódios.

 

 

#RESENHA

#LIVROS

DLL- janeiro- Um livro adaptado para  filme/série

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

#RESENHA Nº 174

#LIVROS

 

TÍTULO DO LIVRO: A MADONA DE CEDRO

AUTOR(A): ANTONIO CALLADO

EDITORA: JOSÉ OLYMPIO

ANO DE PUBLICAÇÃO: 2014

NÚMERO DE PÁGINAS: 256


                Este é o 2° livro publicado pelo escritor carioca Antonio Callado que era formado em Direito, mas que nunca exerceu a profissão aprimorando-se no ofício de jornalista. Começou a trabalhar em um jornal em 1937 e até 1969, isso era o que completava a sua existência, pois em suas viagens de trabalho é que escolhia os temas dos seus livros.

Durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhou como redator para a famosa BBC de Londres. Proust, Machado de Assis e José de Alencar foram personalidades no universo literário que marcaram seu trabalho como escritor.

O livro A MADONA DE CEDRO foi publicado pela primeira vez em 1957, três anos depois do seu primeiro livro ASSUNÇÃO DE SALVIANO. Nestes dois livros, o tema é a religiosidade; no entanto, o tema ‘política’ se sobressaía em suas obras posteriores e, por conta disso, foi preso duas vezes.

No livro, o protagonista é Delfino Montiel, um comerciante mineiro da cidade de Congonhas do Campo. Sua especialidade eram peças de pedra-sabão. O comércio não era muito forte, mas dava para viver.

Um dia, voltou para a cidade um ex-morador: Adriano, seu amigo de infância. Não veio por causa de saudade nem nada; seu negócio era outro. Queria que Delfino conhecesse o Rio de Janeiro e o seu patrão Juca Vilanova. E conseguiu convencer o amigo a ficar em sua casa no Rio por alguns dias. Lá conheceu Marta, a Mar, e por ela se apaixonou de cara. Em pouco tempo, propôs-lhe casamento, porém o pai da moça insistia que o noivo deveria, pelo menos, ter casa própria.
                Concomitantemente, Adriano (escorado pelo patrão) ofereceu a Delfino o negócio que iria resolver seu problema de moradia: roubar uma estátua valiosa de dentro da igreja de sua cidade. Delfino pestanejou. Sabia que não deveria fazer isso; entretanto, sua paixão desenfreada por Mar, decidiu por ele.

Realizado o ato ilegal, tinha no bolso o dinheiro de que precisava para comprar uma casa e se casar com a amada.

O que ele não contava era que a consciência não o deixaria em paz por um minuto sequer. Por treze anos, não conseguira nem confessar e nem comungar e, por causa disso, sua esposa começara a importuná-lo, pois queria saber o porquê disso. E ele estava prestes a se confessar ao padre Estevão e à esposa quando uma segunda visita de Adriano com uma nova proposta deitou por terra sua decisão. E o pior era que desta vez, o protagonista não teria escolha.
                Uma história envolvente sobre fé, arrependimento, corrupção com um final surpreendente. O suspense sobre a trama é intenso. O roubo de que trata a história é inspirado em fatos, pois há muitos relatos reais de roubos de objetos de arte, especialmente, esculturas feitas pelo grande escultor Aleijadinho.

Um livro que vale muito a pena conhecer.


#RESENHA
#LIVROS

 

DLL- janeiro- Livro de um autor brasileiro nunca lido

 
 

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

#RESENHA Nº 173

#LIVROS

 

TÍTULO DO LIVRO: AS SANDÁLIAS DO PESCADOR

AUTOR(A): MORRIS WEST

TRADUÇÃO: FERNANDO DE CASTRO FERRO

EDITORA: BESTBOLSO

ANO DE PUBLICAÇÃO: 2014

NÚMERO DE PÁGINAS: 317

RECOMENDAÇÃO: LITERATURA ADULTA

 

         Este é um livro que, embora ficcional, assemelha-se muito a uma matéria jornalística. E não é por menos: o autor australiano é formado em Jornalismo e, como tal, atuou como correspondente no Vaticano. Publicou seu primeiro livro em 1945, mas só depois de dez anos, sua carreira literária deslanchou. Tem livros publicados em 27 idiomas diferentes os quais já venderam milhões de exemplares. Este livro, publicado pela primeira vez em 1963, é o primeiro de uma trilogia. O segundo é Os fantoches de Deus e o terceiro é Os milagres de Lázaro.

         O livro é instigante do começo ao fim. Conspiração, traição, paixão e intriga são alguns dos elementos presentes neste texto que inicia com a morte de um papa da Igreja Católica da qual é seguida sempre a Conclave para a escolha de um novo represente maior do Apóstolo Pedro.

         Em poucos dias, a cidade do Vaticano foi ‘invadida’ pelos cardeais do mundo todo e as especulações para ver quem seria o novo pontífice iniciaram. O Papa é sempre escolhido entre seus pares e só não são candidatos, os cardeais muito idosos.

Kiril Lakota, um cardeal ucraniano foi indicado ao cargo e seus colegas, convencidos por alguns de seus simpatizantes, elegeram-no com um grande número de votos.

Ele não sabia dizer se estava preparado para tão alto cargo dentro da igreja, mas aceitou o desafio. Estivera muito tempo preso pelos nazistas e só conseguiu fugir porque foi ajudado. Suas cicatrizes - que não estavam só no corpo -, no entanto, ajudaram-no a amadurecer como homem de fé. Sabia que tinha obstáculos a transpor. Porém, raras vezes, agia sozinho (embora tivesse poder para isso); procurava sempre consultar o conselho de representantes do clero e juntos tomavam decisões que influenciavam, inclusive, a paz mundial.

Algumas reformas da igreja também estavam na baila para serem discutidas, aprovadas ou não. Durante o livro todo, também foi falado da Rota Romana. Essa instituição tem o poder de anular casamentos e havia pessoas do alto escalão da política italiana envolvidas em escândalos de perda de poder se seu casamento não obtivesse a anulação do casamento desejada.

Tudo isso preocupava o novo papa e, por vezes, não o deixava dormir. Um livro que traz muita informação e que nos mostra que uma pessoa humilde e consciente do seu poder pode usá-lo de forma a agir para alcançar a paz ou provocar a guerra dentro ou fora da igreja.

“O que mais poderemos nós dizer agora? Estes primeiros meses do nosso pontificado têm sido repletos de trabalho e problemas. Aprendemos muito mais do que teríamos julgado possível sobre a natureza do nosso cargo, os problemas da nossa Santa Madre Igreja e da sua batalha constante para fazer do seu corpo humano uma barca dignamente preparada para a vida divina que a infunde. Cometemos erros. Cometeremos outros, sem dúvida, mas aqui lhe pedimos, nossos irmãos no ofício pastoral, que nos perdoem e rezem por nós.”

Recomendo uma leitura calma e concentrada para que se aprenda com ele. Depois, sugiro assistir ao filme adaptado da obra.

 

        

DLL- janeiro- Um livro que seja o primeiro de uma trilogia

 

# RESENHA Nº 229 #LIVROS   TÍTULO DO LIVRO: UM BANQUETE PARA HITLER AUTOR(A): V. S. ALEXANDER TRADUÇÃO: CRISTINA ANTUNES EDITORA...