MARCOS REY, EDITORA ÁTICA,
1983, 123 páginas
O livro conta a história
do assassinato de Alexandre, um sanfoneiro que estava se abrigando numa obra em
construção. Quem o encontrou morto foi Muriçoca, um rapaz gago que procurava
emprego e como ouviu o som de um rádio, achou que tinha gente no edifício a
quem pudesse pedir por um trabalho. Após o susto, dirigiu-se à delegacia.
Inicialmente, ficou sendo o principal
suspeito. Léo, que era um mensageiro que trabalhava em um hotel cinco estrelas,
foi chamado para reconhecer o corpo e ao chegar ao local do crime, viu que se
tratava de um amigo da família – o Boa-vida. Não conseguiu pensar em nada que
pudesse ser elencado como motivo do crime, por isso resolveu investigar tendo
como ajudantes, Gino – seu primo enxadrista e cadeirante -, Zula – a mãe de
Gino - e Ângela. Além de Muriçoca, tornaram-se suspeitos, Elvira – ex-mulher de
Boa-vida -e João Valentão – outro sanfoneiro, amigo de farra de Alexandre visto
que os dois haviam brigado recentemente.
A primeira pessoa a ser
interrogada por Léo e Ângela foi Elvira que era proprietária de uma loja que
comercializava pássaros e gaiolas. Em seu escritório, foram encontradas caixas
de bebidas e pacotes estranhos à essa atividade o que lhes pareceu bastante
estranho.
Depois foi feita uma
tentativa frustrada de interrogatório à João Valentão e nesta ocasião, Léo foi
espancado e a única coisa que descobriu foi que a sanfona da vítima estava no
local onde João se apresentava.
A partir daí, entrou em
cena, um homem chamado Sandoval que disse ser um primo muito próximo de
Alexandre e estar muito triste por ter tido a possibilidade de evitar o
assassinato e não o fez por achar o primo um cara muito à toa. Ofereceu até uma
recompensa para quem denunciasse o assassino.
Em outro dia, Muriçoca,
Elvira e Sandoval receberam ligações de alguém que se dizia amigo de João
Valentão e ameaçava matá-los por tê-lo denunciado. Muriçoca ficou com muito
medo e foi morar com Zula e nem saía de casa.
Léo e Ângela foram atrás
de Luana -namorada do sanfoneiro- no intuito de encontrar o suspeito achando-o
tocando sanfona num circo, porém ele mais uma vez conseguiu se esquivar da
perseguição.
As investigações da
polícia e dos amigos continuaram centralizadas em João Valentão e quando enfim
conseguiram prendê-lo, percebem que não é ele o assassino.
O autor do livro guardou
suas últimas fichas para os capítulos finais mesmo já tendo deixado pistas no
início do livro com os itens que foram encontrados no local do crime.
Um trabalho primoroso do
suspense policial, uma das especialidades deste talentoso escritor. Vale muito
a pena ler o livro.
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