quarta-feira, 25 de agosto de 2021

#RESENHA Nº 196

#LIVROS

 

TÍTULO DO LIVRO: A GAROTA DO PENHASCO

AUTOR(A): LUCINDA RILEY

EDITORA: NOVO CONCEITO

ANO DE PUBLICAÇÃO: 2014

NÚMERO DE PÁGINAS: 528

RECOMENDAÇÃO: LITERATURA ADULTA

 

            A autora irlandesa é muito famosa no mundo literário. Tanto que suas obras já foram traduzidas para 37 idiomas. Escreveu seu primeiro livro aos 24 anos de idade e hoje está na lista dos autores mais vendidos do The Sunday Times e do The New York Times. Alguns de seus livros são: A garota italiana, O segredo dos anjos e A casa das orquídeas. E neste romance, usou seu país de origem como cenário descrevendo vários locais de forma bastante poética.

            A história criada é narrada em terceira pessoa por Aurora, uma garota de apenas oito anos. Entretanto, às vezes, a narradora parece conversar com o leitor e sua trama envolve o leitor de forma surpreendente.

            Grania protagoniza a história com Aurora. Ela é uma mulher que após um grande trauma, decide se afastar de sua vida em Nova York e de seu companheiro Matt e retorna à casa dos pais na Irlanda. Lá, conhece Aurora. A menina é órfã de mãe e vive numa mansão próxima a um penhasco com vista para o mar. Naquele lugar, uma tragédia aconteceu e ela sente que algo a atrai para lá. Seu pai, Alexander, é um homem muito ocupado. Sendo assim, a menina se sente muito sozinha. 

A partir do momento em que as duas se conhecem, percebem que há uma conexão entre elas. A mãe da jovem guarda segredos que justificam essa conexão, porém tem seus motivos para não revelá-los.

O destino vai mostrar a todos que o amor é uma força muito poderosa. Nem a traição, o rancor, a tristeza que há entre as famílias de Aurora e Grania vão destruir o laço que as duas criaram entre si.

Os segredos e mistérios d
o enredo vão sendo revelados aos poucos através de passagens ora no presente, ora no passado.

Um romance maravilhoso, emocionante. Mostra que a falta de diálogo franco pode provocar desavenças que perduram por séculos.

 

DLL- AGOSTO- 1º- CALHAMAÇO (MAIS DE 500 PÁGINAS)

 

domingo, 15 de agosto de 2021

 #RESENHA Nº 195

#LIVROS

 

TÍTULO DO LIVRO: FLORES PARA ALGERNON

AUTOR(A): DANIEL KEYES

TRADUÇÃO: LUISA GEISLER

EDITORA: ALEPH

ANO DE PUBLICAÇÃO: 2018

NÚMERO DE PÁGINAS: 288

RECOMENDAÇÃO: LITERATURA ADULTA

 

            O autor deste clássico norte-americano trabalhou como comerciante marinho, editor e professor de Ensino Médio e em universidades antes de ganhar o prêmio Nebula com este livro que, inicialmente, em 1959, foi publicado como um conto e, mais tarde, em 1966, como romance epistolar. A obra foi adaptada para filme em 1968 e para uma peça musical em 1978.

A obra é um marco da ficção científica. Daniel publicou outros sete livros e só deste vendeu mais de 5 milhões de cópias. O livro foi até mesmo utilizado em escolas americanas como leitura obrigatória. A inspiração final para essa história lhe veio à cabeça enquanto lecionava inglês para uma turma de jovens com baixo Q.I. ao ser questionado por um deles se, acaso se esforçasse, poderia se tornar mais inteligente.

            O livro é narrado em primeira pessoa por Charlie Gordon, um homem considerado retardado mental e é escrito no formato de relatório do início ao fim. Os mesmos datam de 03 de março – primeiro relatório – e 21 de novembro do mesmo ano – último relatório. Foram escritos a próprio punho pelo protagonista como forma de mostrar os progressos obtidos por ele depois de ter sido submetido a uma cirurgia neurológica na cabeça como forma experimental. Os idealizadores do experimento queriam provar que, através da cirurgia na qual fizeram uma intervenção no cérebro dele e com injeções de determinadas proteínas, ele pudesse se tornar uma pessoa inteligente. O experimento já tinha sido realizado em Algernon, um rato de laboratório e os resultados foram considerados promissores.

            Nos relatórios, Charlie deveria contar o que fazia no seu dia-a-dia e como se sentia. Em sua simplicidade, o protagonista contava como era seu trabalho na padaria onde trabalhava e que se resumia aos serviços mais inferiores possíveis para os quais não era necessária muita capacidade mental. E também em como era tratado por seu patrão e pelos colegas de trabalho. Seu vocabulário e ortografia mostravam uma pessoa com um cérebro infantil e com poucos conhecimentos na língua e seus relatórios mostravam claramente seu progresso.

Trabalhava no mesmo local desde que sua mãe Rose praticamente obrigou o pai Matt a tirar o filho de casa por achar que ele era uma má influência para a irmã Norma. Rose era obcecada em querer que alguma coisa fosse feita para que o filho pudesse se tornar mais inteligente e foi por isso que o rapaz aceitou participar da experiência. O pai insistia para que ela tivesse mais paciência com o garoto, pois sabia que o que ela queria jamais iria acontecer. Mesmo assim, aceitou a condição da mulher e o levou para ficar aos cuidados de um tio o qual o encaminhou para o trabalho na padaria.

Charlie também estudava numa classe especial e via na professora uma mulher angelical; amava-a à sua maneira e ela, a ele. E foi nesta escola que ele foi escolhido para ser o ‘rato de laboratório’.

“Sou como um animal trancado do lado de fora de sua jaula boa e segura.”

Era assim que o personagem principal se sentia enquanto percebia que o experimento estava, em determinada medida, dando certo. Sentia como se seu antigo ‘eu’ o visse do lado de fora de si mesmo. Queria voltar a ser como antes, pois quando tinha inteligência limitada era mais visto, mais lembrado. Ele sente as transformações acontecendo na sua mente, porém o que ele se torna não o satisfaz. Nem o amor platônico que sentia antes, ele consegue concretizar agora.

Paralelo a isso, chega um determinado momento em que Algernon começa a mostrar sutis diferenças de comportamento o que leva Charlie a perceber que, com ele, talvez isso também possa vir a acontecer. E isso o assusta bastante. Entretanto, ele não sabe muito bem como agir. Ele se sente muito frustrado.

Durante a leitura, há muito para se refletir sobre as relações interpessoais e sobre a discriminação que sofre quem tem um Q. I. mais baixo do que o considerado normal. Questiona, inclusive, se quem é mais inteligente é mais feliz. É um livro perturbador, que leva à profundas reflexões sobre a importância da afetividade em nossas vidas e, embora tenha sido escrito há décadas, continua extremamente atual.

É uma história triste, muito comovente; mas envolvente porque ser inteligente para impressionar os outros é um desejo de muitos dos seres humanos. Considero sua leitura como algo obrigatório e que surpreende por sua originalidade.

DLL- AGOSTO- VENCEDOR DE ALGUM PRÊMIO

 

 

 

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

 #RESENHA Nº 194

#LIVROS

 

TÍTULO DO LIVRO: ESTILHAÇA-ME

AUTOR(A): TAHEREH MAFI

TRADUÇÃO: MAURICIO TAMONI

EDITORA: GRUPO EDITORILA UNIVERSO DOS LIVROS

ANO DE PUBLICAÇÃO: 2018

NÚMERO DE PÁGINAS: 290

RECOMENDAÇÃO: LITERATURA JUVENIL

               

                A escritora americana é filha de imigrantes iranianos. Publicou Estilhaça-me pela primeira vez em 2011 para ser um livro solo, mas o segundo e o terceiro livros – LIBERTA-ME e INCENDEIA-ME – vieram à sua cabeça e elas transformou a história em uma trilogia de bastante sucesso. Há outros livros dedicados a personagens específicos da trilogia.

             A história é contada em primeira pessoa na voz de Juliette, uma jovem muito perturbada que vive num manicômio no qual se sente mais louca a cada dia que passa. Tem um poder extraordinário com o qual não sabe muito bem o que fazer: ela não pode tocar ninguém porque seu toque é letal. Por causa disso, sente-se triste, mal, pois sente falta do toque de outras pessoas. Para ela, essa é uma verdadeira maldição. Ela só quer ser normal. Angústia e sofrimento são os sentimentos muito presentes no seu cotidiano. Ela quer sair dali e lutar para superar seus traumas.

            As coisas começam a mudar quando um homem é colocado em sua cela. No começo, ela se sente mais ameaçada que já se sentia, mas aos poucos, anseia pela sua proximidade, pois foi a primeira pessoa em anos que não a repeliu; que se importa com ela.

            Mudam mais ainda quando ela é levada à presença de Warner, o chefe de um grupo de sobreviventes conhecido como Restabelecimento. Esse grupo difunde a ideia de juntar forças, experiências e ideias para sobreviver ao mundo naquele lugar devastado, destruído pelo próprio homem. Poucos são os sobreviventes e eles precisam se unir a fim de criar estratégias para sobreviver. E ele vê Juliette como uma arma.

            O livro tem muita ação, tensão, mistério e até romance. É envolvente e desperta a curiosidade para ler o próximo livro. É um livro para se ler de uma vez só, tal a fluência.

 

DLL- AGOSTO- QUE COMPROU PELA CAPA

# RESENHA Nº 229 #LIVROS   TÍTULO DO LIVRO: UM BANQUETE PARA HITLER AUTOR(A): V. S. ALEXANDER TRADUÇÃO: CRISTINA ANTUNES EDITORA...