segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Hoje, o blog LIVROS E LEITURAS DE PAULA faz um ano. Está engatinhando ainda.
Quero agradecer a todos os que já o visitaram e o estão seguindo. Espero que através das minhas resenhas sintam-se estimulados a ler os livros que resenho ou outros  porque a leitura faz parte do processo de comunicação cotidiana.
             E para comemorar, vou sortear o livro EVE & ADAM (vou postar a capa abaixo) quando o blog tiver 50 seguidores. Convide seus amigos a segui-lo e logo chegará o dia do sorteio. 
                 Caso o seguidor seja de outra cidade, eu o enviarei sem custos. É só me passar o endereço nos comentários da postagem do sorteio.
BOA SORTE!




domingo, 27 de janeiro de 2019


58- Resenha do livro O PRESENTE

DANIELLE STEEL, EDITORA CÍRCULO DO LIVRO, 1994,  239 páginas

RECOMENDAÇÃO: LITERATURA JUVENIL

Este romance é suave, gostoso e rápido de ler. Escrito por uma das autoras americanas mais famosas no mundo literário. O título “O PRESENTE” antecipa algo sobre o que vai acontecer no enredo, mas nem por isso deixa de ser interessante.

O livro inicia falando de um presente recebido por Liz e John com o nascimento dos filhos Tommy e Annie a qual veio dez anos depois do primeiro filho quando eles já nem esperavam mais por esta graça. A família se amava de tal maneira que todos agradeciam todos os dias pelas suas vidas. E a época do natal era ainda mais especial até que aconteceu algo que desestruturou completamente aquela família. Inesperadamente, Annie contraiu a meningite e morreu. Os três membros restantes da família se isolaram cada um em seu mundo e foi graças a isso, que Tommy conheceu Marybeth que lhes traria vida nova. Essa parte do livro é repleta de fatos tristes, mas a presença da adolescente grávida de dezesseis anos traz uma esperança para os corações amargurados dos três componentes da família e até mesmo para Maribeth.

É emocionante entender que tudo o que acontece em nossa vida tem algum objetivo mesmo que a princípio, seja difícil de perceber e aceitar. E o livro traz exatamente essa visão: de que nada acontece por acaso.

O livro é escrito em terceira pessoa com onze capítulos enumerados sem título. A encadernação é discreta e em capa dura azul marinho com o título e o nome da autora impressas em letras douradas inseridos em uma moldura. A folha é estreita e branca.

Um drama impressionante que vale muito a pena ler.

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domingo, 20 de janeiro de 2019

57- Resenha do livro UM LONGO CAMINHO PARA CASA


DANIELLE STEEL, TRADUÇÃO: RAQUEL ZAMPIL e MÁRCIO EL 

JAICK, EDITORA RECORD, 1998, 366 páginas


RECOMENDAÇÃO: LITERATURA JUVENIL

O livro foi escrito por Danielle Steel, uma escritora americana das mais bem-sucedidas no mundo literário que teve seu primeiro romance publicado em 1971. Para ela, o segredo da grande aceitação das suas obras está no fato de criar um mundo que espelha suas fantasias de felicidade. Muitos dos seus livros já viraram filme. Sua escrita é bastante plausível, ou seja, poderia perfeitamente ter acontecido na vida de pessoas reais aquilo que está escrito em seus livros.

Sua bibliografia é extensa, porém acredito que este livro traga a história mais trágica de todos, e, com certeza, é o maior drama com o qual já me defrontei em minha experiência como leitora.

A protagonista é Gabriella, uma mulher extremamente forte que sofre agressões físicas e verbais tão intensas que só uma pessoa muito forte poderia suportar. Desde pequena, sua mãe Eloise a espanca por qualquer coisa que acha que interfere na vida dela, principalmente quando se trata de sua vida amorosa com o marido John. Os dois eram apaixonados e quando se casaram, a mulher aceitava tudo de bom grado, menos ter um filho. Essa ideia lhe causava repulsa; porém com muita insistência, John acabou conseguindo que ela engravidasse. Ele queria muito ter um filho com ela.

Assim que a criança nasceu, começaram os problemas: o pai era fascinado pela menina e a mãe se sentiu rejeitada e enciumada. O tempo foi passando e o ciúme da mulher transformou-se em agressões, primeiro verbais e, aos três anos, a menina foi espancada pela primeira de inúmeras vezes, chegando ao ponto de quebrar-lhe costelas e provocar traumatismo craniano quando a criança tinha apenas nove anos. Mas na maioria das vezes em que foi espancada, a mãe não tinha a mínima compaixão por ela e o pai fingia que não via para não ter mais problemas com a mulher. Depois do último espancamento, a menina ficou deitada praticamente morta das dez da noite até o outro dia cedo quando o pai voltou de suas muitas noitadas posteriores às brigas com a mulher. Ele a levou ao hospital e, logo que ela voltou para casa, ele simplesmente abandonou as duas sem deixar maiores explicações.

Algum tempo depois, a mãe começou um relacionamento com Frank com que se casou depois do divórcio com John e foi morar em outra cidade. Como acreditava que a filha ia atrapalhar o seu novo relacionamento, abandonou-a também, levando-a a um convento onde passou a viver a partir de então. A mãe nunca mais manteve contato com a filha, limitando-se a enviar um cheque mensal para suas custas no convento.

Gabriella sentia a falta dos pais, no entanto sentia-se protegida junto com as irmãs como nunca tinha se sentido antes. Mas um relacionamento com o padre Joe iniciou um novo ciclo de sofrimento na sua vida. Não de agressões, mas de abandono. Mais tarde, fora do convento, houve mais agressões até que enfim, ela conseguisse se livrar psicologicamente dessa vida de sofrimento.

Um romance impactante. Não dá para parar a leitura, pois o leitor sente urgência em saber até que ponto sua fortaleza aguenta tanta dor.

Livro em capa dura, de folhas estreitas e brancas e tamanho de letra bom. Leitura rápida.

Ótima leitura. Super-recomendo.


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sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

56- Resenha do livro EU SOU MALALA


MALALA YOUSAFZAI com CHRISTINA LAMB, TRADUÇÃO 

CAROLINE CHANG, DENISE BOTTMANN, GEORGE SCHLESINGER, 

LUCIANO VIEIRA MACHADO, COMPANHIA DAS LETRAS,

 2013,  342 páginas

RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES

Esta biografia está dividida em cinco partes, cada qual contando etapas importantes da vida sofrida da protagonista, de sua família e do povo paquistanês. Está escrito em primeira pessoa e em parceria com Cristina Lamb.

A escritora britânica co-escreveu o livro com a própria Malala – personagem da vida real que sofreu um atentado de autoria do Talibã que virou notícia no mundo todo. No Paquistão, ela e seu pai lutavam juntos com as armas que tinham para que as mulheres muçulmanas tivessem direito à educação.

O livro começa descrevendo o atentado em si. Depois conta a vida de Malala desde o nascimento até sua recuperação depois do atentado, entremeando o relato com os costumes do seu povo e a história do país.

Um ponto a ser destacado em sua narrativa é o profundo respeito daquele povo com relação a sua religião. O livro traz muitas palavras da língua de origem da protagonista, mas a presença de um glossário faz com que o leitor possa entender sua escrita.

O pai estudou, era professor e até poeta. Sabia se expressar bem em várias línguas embora fosse gago. Tinha o sonho de ter uma escola. A mãe só estudou um dia e só se arrependeu quando conheceu o pai e soube do seu sonho. Ficou frustrada pois não poderia ajudá-lo. Para ele, "a falta de educação é a raiz de todos os problemas do Paquistão. A ignorância permite que os políticos enganem as pessoas e que maus administradores sejam reeleitos."( p.50) E era essa a razão da sua luta para a qual conseguiu a adesão ampla e irrestrita da filha primogênita.

Pouco a pouco, o Talibã provocava o terror nas pessoas, pois aquele que não se curvasse as suas ideias era considerado subversivo e morto. As ameaças e até atentados frequentes fizeram com que poucos se manifestavam, pois se o fizessem, sua vida corria perigo. Pouca coisa era motivo para matar.

Aos 11 anos, Malala começa a escrever em forma de diário seu dia-a-dia para a BBC de Londres usando um pseudônimo. Ganhou vários prêmios por conta de suas ações ativistas e passou a ser ameaçada por isso.

Um trabalho exaustivo de pesquisa sobre as guerras que assolam aquele país praticamente desde que ele existe, contando inclusive com fotos sobre a família da jovem paquistanesa e de sua família e sobre os atentados terroristas sofridas por aquele povo.

Livro publicado em papel pólen agradável ao toque à visão.

Existe também o livro publicado com a mesma história numa versão juvenil.




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55- Resenha do livro AQUELA NOITE EM AUSCHWITZ


JAMILA MAFRA, E-BOOK AMAZON, 2018,  159 páginas

RECOMENDAÇÃO: LITERATURA INFANTO-JUVENIL

Jamila é uma escritora paulista que tem vários livros publicados, entre eles estão livros juvenis, de contos e de poesia. É jovem – nasceu em 1987 – e sempre recebeu incentivo de seus pais para correr atrás de seus sonhos. Gosta de escrever também ficção científica. Publicou seus títulos nos últimos dez anos tanto de modo independente quanto tradicional. 

Aquela noite em Auschwitz é contado em primeira pessoa por Lindie, filha de um oficial nazista a qual, a medida que vai descobrindo os absurdos que Hitler pretende fazer para tornar a raça ariana pura e tornar os poloneses praticamente escravos dos alemães, revolta-se a ponto de terminar o namoro com Josef pois este, sendo soldado a serviço do exército alemão, compartilha as ideias do führer.

Assim que termina o namoro com o soldado, começa a namorar Steve, seu professor na universidade que é também publicitário fazendo dupla atuação nesta sua atividade: faz propaganda oficial a favor do Reich e na surdina, age contra ele e para isso tem o apoio de Lindie. O namoro dos dois é apoiado pelo pai que nada sabe sobre sua atividade sigilosa e quer que os dois se casem logo.

Mais tarde, a protagonista presencia a prisão de uma família vizinha que era judia da qual faz parte sua melhor amiga Anne Marie. Eles haviam sido presos e a amiga foi levada a Auschwitz para os campos de extermínio. Lindie resolveu naquela hora que faria o que pudesse para salvá-la.

Alistou-se como voluntária para trabalhar nos campos de Auschwitz, com o plano de salvamento já arquitetada. Contava com a ajuda de Josef. Uma vez lá, defrontou-se com o horror das câmaras de gás e com as valas onde os corpos carbonizados dos judeus eram enterrados.

Várias coisas que aconteceram lá, mudaram sua vida.

Esse livro infanto-juvenil é curtinho, com capítulos intitulados, vão antecipando o que vai acontecer. Leitura leve e bem gostosa em se tratando do assunto.

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sábado, 5 de janeiro de 2019

54- Resenha do livro A MÃO DE FÁTIMA


ILDEFONSO FALCONES, TRADUÇÃO CARLOS NOUGUÉ, EDITORA 

ROCCO, 2011,  768 páginas

RECOMENDAÇÃO: LITERATURA ADULTA

         
Um livro excepcionalmente bem-escrito por Ildefonso Falcones; um romance histórico que introduz ficção à história como ela de fato aconteceu. Conta com detalhes minuciosos a guerra entre mouros e cristãos nos anos 1500 na Espanha em que cada povo almejava implantar sua religião como a única sobrepujando a outra. E esta é a trama principal do livro: a luta pela manutenção da fé do povo muçulmano de que seu deus é o único. E por conta dessa causa, muitas vidas foram derrotadas e muitas outras, salvas.

O protagonista é Hernano, um jovem marcado desde a sua concepção para ser sofredor. Filho da jovem muçulmana Aisha que foi estuprada por um padre. Após o menino ter nascido, a mãe casou com Brahim o qual aceitou o 'Nazareno' em troca de uma mula a mais como dote.

A mãe não foi muito feliz com esse casamento arranjado, pois o marido tratava o menino pior que a um escravo impedindo-o inclusive de dormir dentro de casa. O 'bastardo' dormia junto às mulas do padrasto que era arrieiro; levava suas várias mulas cargueiras a outras cidades quando viajava a fim de comprar mercadorias e revendê-las e, com o lucro, sustentar sua família que a essa altura já contava com mais quatro bocas para alimentar. E o adolescente o ajudava e tinha uma especial predileção pela mula de nome Velha.

Com relação à guerra, no início os mouros se sobressaíram e houve uma matança maciça de cristãos. Porém, esta fora a única vitória muçulmana. A igreja cristã se sobressaiu nas demais e muitas e muitas pessoas foram obrigadas ao trabalho escravo ou expulsas do lugar ou, até mortas. À inúmeras mulheres, restava a prostituição para sustentar seus filhos, principalmente quando o marido era assassinado em nome da guerra santa.

Hernano teve muitos altos e baixos durante o relato do livro. Sempre trabalhou muito para que a crença num deus único não sucumbisse aos mandos e desmandos dos padres que deturpavam as leis e os preceitos.

Na primeira vitória dos cristãos, Aisha juntamente com os quatro filhos foi presa dentro de uma igreja (a qual havia sido um templo muçulmano) e Hernano conseguiu libertá-la junto com três pessoas. Mas ao chegar a um lugar onde pudessem ver com mais clareza seus rostos, perceberam que dois eram seus filhos e a terceira pessoa era Fátima, uma jovem de 14 anos que tinha um bebê no seu colo. No desespero, Fátima agarrou-se à mãe de Hernano e pediu muito para não ser deixada pra trás e eles não tiveram como negar-lhe isto. E ficaram muito tristes porque dois dos filhos de Aisha ficaram pra trás e não havia como voltar para buscá-los.

Hernano logo se enamorou da jovem assim como seu padrasto, visto que os muçulmanos podiam se casar com quantas mulheres pudessem sustentar. Ele imediatamente a cobiçou e assim que soube que o marido dela estava morto, casou-se com ela para o desgosto de Aisha, de Hernano e da própria mulher que também estava enamorada do rapaz. Os dois tinham quase a mesma idade.

Durante suas fugas, acabaram chegando a um lugar de domínio cristão que recenseava todos os que entravam na cidade. Brahim havia registrado Fátima como sua esposa (Aisha estava com os filhos em outro lugar), entretanto, entre os cristãos a lei é que só se pode estar casado com uma pessoa. Sendo assim, para ficar na família, ela se casou no altar dos cristãos com Hernando; contudo, ela continuava a conviver maritalmente com Brahim.

A história traz muitas reviravoltas tanto para Hernano, que mais tarde pode se casar com Fátima, vivendo seu próprio conto de fadas e tendo filhos com ela, quanto para Brahim, para Aisha e para a própria Fátima.

Anos depois de ficar sabendo que Fátima e seus filhos estavam mortos, Hernano casou-se de novo e teve outros filhos, embora acalentasse o sonho de se reencontrar com ela, pois não havia visto os corpos dos seus entes queridos.

Sua mãe e seu padrasto tiveram um fim muito trágico, mas para os protagonistas, o desfecho é bastante inusitado.

Para escrever este livro, o autor estudou uma vasta bibliografia sobre o assunto, pois só assim poderia trazer tantos dados históricos. O autor os descreve com tanta riqueza de detalhes que nos parece estar vivendo a guerra junto a seus personagens. O livro nos presenteia com lições de dignidade e humanidade. E nos dá uma aula sobre os princípios da fé muçulmana.

O título faz menção à mão de Fátima, amuleto árabe em forma de mão com cinco dedos, que, segundo algumas teorias, representa os cinco pilares da fé. E um desses amuletos, Fátima trazia consigo do primeiro casamento e permaneceu com Hernano até que os dois se reencontraram no final da história.

O livro ganhou o IX Prêmio Roma de Literatura Estrangeira e foi publicado em mais de vinte países com mais de um milhão de exemplares vendidos. O autor publicou antes deste romance, outro tão bem aceito quanto este com o título A catedral do mar.

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quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

53- Resenha do livro GALE BANKS E AS IRMÃS BRONTË

 GABRIELA MAYA, E-book kindle, 2018,  261 páginas

RECOMENDAÇÃO: LITERATURA ADULTA

O livro traz um pouco da biografia das irmãs britânicas de alto renome na literatura mundial Emily, Charlotte e Anne Brontë entremeada com a vida fictícia de Gale Banks, filha única de um próspero banqueiro, mas órfã de mãe com quem manteve uma amizade muito forte, uma vez que esta era sua melhor amiga e confidente. Após sua morte, o pai lhe arranjou um casamento que seria muito conveniente para ele o que era muito comum nos anos 1800, na Inglaterra. Entretanto, ela era uma mulher com um comportamento à frente de seu tempo e estava apaixonada por Frank Scott. O pai de Frank e ele próprio foram advertidos de que o pai de Gale não queria de maneira alguma, que a união deles se concretizasse. Sendo assim, ela fugiu para casa da tia Elizabeth Brontë para não se casar com o noivo que o pai lhe arranjara, mesmo porque já tivera um arroubo de paixão com Frank num parque da cidade, portanto nem mesmo se considerava digna de casar com outro homem.

Na casa da tia, a princípio não foi muito bem recebida, contudo aos poucos, todos foram se afeiçoando a ela que se esforçava bastante para ajudar nos afazeres da casa apesar de não ter prática nenhuma nisso, pois sempre tivera empregadas a sua disposição.

Num dia como outro qualquer, sua tia lhe revelou o motivo pelo qual seu pai não queria o casamento entre ela e Frank. Ela ficou muito chocada, mas entendeu que realmente isso não poderia acontecer e isso a fez mudar sua vida. Ela resolveu ir para Paris e criar um jornal. Antes disso, voltou à casa de seu pai para dizer-lhe que já tivera conhecimento dos motivos dele para as suas atitudes para com Frank e que ela queria a parte da herança que lhe cabia para poder recomeçar sua vida em Paris. O pai tentou convencê-la de que nem tudo que sua tia lhe contara era verdadeiro, mas ela não mudou de opinião e três dias depois, partia para Paris.
Lá, contatou com sua amiga Julie e esta a ajudou a abrir seu jornal. Devagar, começou a ocupar o espaço que pretendia. Trabalhava arduamente escrevendo, editando e imprimindo seu pequeno jornal com ajuda de poucos colaboradores que também sabiam pouco e não escreviam. Mais tarde, inclusive, foi convidada por um grande jornal a escrever artigos para ele no mesmo estilo que publicava no seu.

Paralelo a isso, Frank - que tinha ouvido falar que Gale se casara - resolveu casar com a enteada do sócio Perkins. Os dois fizeram um investimento na construção naval e, mais tarde, na navegação mercantil e foram muitos bem-sucedidos.

E quis o destino, que a esposa de Frank se tornasse correspondente de Gale. Esta escrevia artigos de opinião sobre assuntos que afligiam a parte do país em que morava. E como Gale tinha adotado outro sobrenome por não querer ser reconhecida como a filha de um banqueiro, seu nome passou despercebido por Frank.

A grande reviravolta para o caso de amor entre Gale e Frank acontece quando a articulista teria um encontro com a dona do jornal em Paris. Grandes surpresas acontecem antes do desfecho do livro.

O livro é um trabalho primoroso de descrição de uma Inglaterra em época vitoriana, com seu contexto peculiar, sua política, transições financeiras específicas, sociedade com características próprias, o que nos dá uma ideia do esmero da escrita da autora. O texto lembra um pouco a escrita de Jane Austen contando também dramas familiares, como os casamentos arranjados de acordo com a ambição dos pais.

Há um detalhe curioso que eu nunca havia visto em nenhum outro livro: tem dois finais e, por incrível que pareça, os dois são bastante plausíveis.

           Vale muito a pena ler este livro.

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52- Resenha do livro UM AMOR PARA RECORDAR


NICHOLAS SPARKS, TRADUÇÃO IVAR PANAZZOLO 

JÚNIOR, EDITORA NOVO CONCEITO, 2011  191 páginas

RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES

Um livro que fala de amor com muita delicadeza, como já nos antecipa o título. Escrito pelo famoso autor americano Nicholas Sparks. Desde 1990 seus livros são sucesso; vários deles já viraram filmes o que prova que sua escrita é muito apreciada.

O narrador é Landon, um senhor de 57 anos o qual conta sua própria história intitulada “Um amor para recordar”. No livro, ele rememora de quando era um jovem de 17 anos que estava no último ano do ensino médio. Nos primeiros capítulos, ele fala da colega Jamie, filha de um pastor que coordena os trabalhos de uma igreja Batista numa cidade pequena o qual se casou tarde e cuja esposa morreu no parto da única filha depois de ter tido vários abortos. O pastor então cria e educa sua filha conforme os preceitos bíblicos que prega e ela, por sua vez, os segue alegremente.

O pastor escreveu uma peça teatral sobre sua vida para ser apresentada na véspera de natal. Isto ocorria a anos e, neste ano, tudo seria muito especial porque o papel principal seria interpretado por Jamie. Quis o destino que Landon interpretasse o personagem que estaria mais próximo do anjo interpretado pela jovem. E a atuação deveria ser muito convincente para provocar a emoção desejada no público que todos os anos lotava o teatro.

Landon não tinha intenção de participar; preferia dormir durante as aulas de arte dramática porque sempre estava com sono, visto que passava, muitas vezes, as noites no cemitério da cidade com alguns amigos jogando conversa fora e comendo amendoins sentados sobre túmulos. Entretanto, Jamie lhe fez o pedido de um modo tão decidido que ele não conseguiu recusar.

Os ensaios começaram e ele foi se envolvendo cada vez mais com a peça e com Jamie. Quando deu por si, estava apaixonado por essa moça que até bem pouco tempo atrás achava desengonçada e com hábitos tão peculiares que era motivo de chacota entre seus colegas e amigos.
A peça foi apresentada de modo que toda a plateia aplaudiu de pé emocionada. Depois da encenação, ele não tinha mais a desculpa para se encontrar com ela todos os dias, mas ela o convenceu a lhe ajudar a preparar algo especial para o natal das crianças do orfanato e ele aceitou e assim, teve o melhor natal de sua vida.

Depois disso, ele percebeu que o pai de Jamie andava sempre triste e queria saber o motivo, mas estava muito distante de saber o real motivo. Aconteceriam então coisas tão surpreendentes que mudariam a vida de Landon para sempre.

           Um romance tão emocionante que o leitor chega às lágrimas.

           Vale muito a pena ler este livro.

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# RESENHA Nº 229 #LIVROS   TÍTULO DO LIVRO: UM BANQUETE PARA HITLER AUTOR(A): V. S. ALEXANDER TRADUÇÃO: CRISTINA ANTUNES EDITORA...