quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

51- Resenha do livro EVE & ADAM


MICHAEL GRANT e KATHERINE APLEGATE, TRADUÇÃO CAROLINA CAIRES COELHO, EDITORA NOVO CONCEITO, 2014, 230 páginas

RECOMENDAÇÃO: LITERATURA JUVENIL

O livro conta a história de Evening – ou Eve como prefere de ser chamada -, uma adolescente órfã de pai que é criada de forma bem distanciada por uma mãe que não tempo para a filha única, pois é uma rica empresária que tem um imenso laboratório e coordena pesquisas para melhorar a vida das pessoas a qualquer preço.

O texto começa descrevendo um acidente no qual a protagonista é atropelada quando estava distraída comendo uma maçã (observe-se a relação do título com a maçã que também aparece na capa do livro). Eve acorda no leito de um hospital com muitas dores por causa de uma das pernas que teve os ossos triturados. Sua mãe -Terra Spicker- quer a toda força, levá-la, mas os médicos não querem dar a autorização, pois temem pela sua vida.

Terra quer levá-la para o seu laboratório, pois tem pesquisas adiantadas para curá-la, mas essas pesquisas não foram testadas ainda em seres humanos ou não tiveram o aval para isso. Por sua influência no âmbito da medicina, acaba conseguindo levá-la e também curá-la em um tempo muito curto.

No laboratório, Eve conhece Solo e aprende a gostar de sua companhia (é uma das únicas pessoas autorizadas a vê-la). Ele mora no laboratório desde que seus pais morreram no mesmo acidente que matou o pai da garota. É ele que lhe revela que ela recebeu as doses necessárias para uma cura extremamente rápida e mais tarde, descobre porque Solo é protegido por Terra.

Para mantê-la por perto e ocupada, a mãe dá à filha a tarefa de criar em um software muito moderno um ser humano com as características físicas e psicológicas que escolher. Ela, então se ocupa dessa tarefa e nela, volta e meia, recebe palpites de Solo e de sua melhor amiga, que a mãe, a muito custo, permite que fique no laboratório junto com a filha.

Antes de concluir o projeto, Solo descobre projetos aterrorizantes que são alvo de pesquisa de Terra, conta-os para Eve e eles resolvem fugir levando consigo um dossiê completo sobre os mesmos a fim de torná-los públicos.

O projeto Adam, no qual a moça trabalhava, foi concluído por outras pessoas e o ser criado tem a missão de encontrar Eve e Solo e trazê-los de volta bem como os dossiês roubados. A protagonista fica bastante surpresa ao ver Adam em carne, osso e formosura; entretanto o desfecho é bastante diferente do esperado tendo em vista o título da obra.

Um livro interessante. Vale a pena ler.

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50- Resenha do livro MENINOS SEM PÁTRIA


LUIZ PUNTEL, ÁTICA, 1988, 127 páginas

RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES

Atenção: esta resenha tem spoiler.

          O narrador narra de forma bastante verossímil a saga de uma família que teve de fugir do Brasil porque o pai – Zé Maria – jornalista, não se furtava da verdade; relatava-a nua e crua (sendo que o tema de seus artigos era a política brasileira nos tempos da ditadura) e, por conta disso, começou a receber ameaças presenciais, através de telefonemas e a ser seguido. O recado era sempre o mesmo: que deixasse os assuntos sobre os mandos e desmandos do governo militar ficar na surdina.

Os filhos Marcão e Rico, bem como a esposa Tererê, que estava grávida, também eram seguidos e recebiam telefonemas com mensagens ameaçadoras.

Um dia, o jornalista simplesmente não voltou para casa, porém deu um jeito de avisar a família onde estava e então foram todos para o Chile onde pensavam que poderiam viver sem ameaças mesmo sabendo que lá não era a pátria que amavam.

Neste país sul-americano, nasceu o Pablo. O parto foi tranquilo, mas a preocupação aumentara porque agora, havia mais uma boca para alimentar. Os outros dois filhos frequentavam a escola apesar de terem perdido um ano escolar; do momento da saída do Brasil até que se sentissem seguros para procurarem uma escola lá.

Zé Maria recebeu uma proposta para trabalhar em um jornal chileno. Entretanto, com suas críticas ao governo brasileiro, não demorou muito até voltar a sofrer ameaças e perseguições e, depois de um tempo, foram obrigados a procurar abrigo na embaixada da França e foram logo exilados para aquele país onde tudo era tão diferente do que no Brasil: a língua, os costumes, o clima e até mesmo o calendário escolar. Por conta disso, perderam mais um ano de escola, contudo aos poucos, foram se acostumando.

Tererê engravidou mais uma vez e nasceu a Nicole, o xodozinho do pai, No dia em que ela nasceu, o marido não pode estar presente, pois a o parto foi prematuro e ele estava tendo que se esconder de novo por causa dos artigos que escrevia (que tratavam do mesmo assunto do qual ele não se cansava) para a o maior jornal da França: o Le Monde.

O autor usou uma linguagem simples para retratar a situação vivida por tantas pessoas brasileiras e não-brasileiras durante a vigência de governos ditatoriais.

O desfecho mostra o momento em que o governo brasileiro concedeu anistia política aos exilados. A liberdade da família para voltar ao seu país de origem aconteceu quando Marcão estava namorando Claire, moça a qual teve muita dificuldade para conquistar, pois esta temia antecipadamente o momento da despedida. Marcão e Rico conquistaram a amizade e o respeito de seus amigos e professores e juntos aprenderam muito do país onde nasceram, mas do qual ficaram mais de dez anos afastados.

Um livro interessantíssimo, que nos leva a refletir o quanto o povo sofre quando o governo é uma ditadura.

Vale muito a pena ler.



quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

49- Resenha do livro HORA DI BAI


MANUEL FERREIRA, EDITORA ÁTICA, 1962,  153 páginas

RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES

Livro escrito pelo escritor português Manuel Ferreira em 1962 o qual versa sobre a triste vida do povo da ilha de Cabo Verde quando esta ainda era colônia de Portugal. Mostra como o povo, principalmente as mulheres, tem um desejo muito forte de permanecer em sua terra natal, mas são forçados a emigrar em busca de seu sustento e de sua família, uma vez que esta era uma colônia que subsistia com a agricultura; e por causa de uma seca que assolava a ilha que já contava com um clima semiárido, a população em sua grande maioria estava passando fome. A pesca também não estava provendo as famílias.

As mulheres, em grande parte, não coabitavam com um homem; muitas delas tinham relacionamentos com homens casados; outras, com homens que saíam da ilha para procurar emprego e não voltavam, por isso precisavam prover sozinhas a sobrevivência também dos filhos. Por conta disso, a prostituição, inclusive a infantil era fato corrente e mesmo assim, a morte por inanição era bastante comum. Ver o carroção passar recolhendo corpos frios fazia parte do cotidiano. Ninguém estranhava.

As poucas chuvas que caiam eram motivo de comemoração embora, geralmente, fossem insuficientes; entretanto elas sempre reacendiam a esperança de poder permanecer em sua terra.

Mostra ainda a personagem Nha Venância, mulher de fibra que faz questão de cultivar a língua crioula assim como muitos outros personagens cultivam a morna, música para dançar, típica do lugar que exalta o amor ao lugar onde querer viver. O título do romance é também o nome de uma das normas mais famosas da ilha e que significa hora de despedida.

O livro é praticamente um documentário sobre Cabo Verde mostrando fortemente o descaso do governo português para com o povo cabo-verdiano.

Vale a pena ler o livro para conhecer um pouco da história daquela terra tão sofrida.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

48-  Resenha do livro JANE EYRE

CHARLOTTE BRONTË, KTTK, 2018 (EM E-BOOK),  480 páginas

RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES

O livro, considerado um dos maiores romances de língua inglesa, conta a história de Jane Eyre, uma personagem questionadora e carismática. Publicado pela primeira vez em 1847, Jane Eyre é sua obra-prima, mesmo sendo o primeiro romance de Charlotte Brontë, escritora esta que abriu caminho para outras escritoras criando uma protagonista com anseios, reflexões e atitudes incomuns para um tempo em que a mulher não tinha voz ativa e que talvez por isso, tornou-se um clássico da literatura inglesa.

Uma emocionante história de amor vivida nos anos 1800 por uma protagonista órfã chamada Jane Eyre.  Percebe-se através do vocabulário que a história é muito antiga, mas nem por isso desinteressante. Passa-se no interior da Inglaterra onde Jane perde os pais ainda criança e um tio a recebe prometendo carinhos e cuidados, porém ele também falece e, então a tutela passa para a tia que a despreza e a humilha constantemente. Seus filhos também nutrem por ela um desprezo muito grande. E, por assim ser, acaba sendo internada num orfanato onde é tratada com recursos mínimos, entretanto a sua determinação fez com que se destacasse entre as demais internas a tal ponto de tornar-se instrutora quando mais velha.

No seu desejo de felicidade, aos 18 anos resolve se embrenhar no mundo conseguindo o cargo de preceptora na mansão dos Rockfeler. Chegando lá, foi muito bem recebida pela governanta e pelos demais serviçais. Tudo ia bem; ela se dedicava a sua pupila Adela que aprendia com facilidade.  Chegou o dia de conhecer o dono da casa: um homem bonito, sozinho e reservado. Aos poucos, os dois foram se tornando mais próximos um do outro até que tomaram coragem de se declararem apaixonados um pelo outro. Mas, nem tudo são flores e ela descobre no dia do seu casamento que seu noivo guarda segredos terríveis e seu casamento não pode acontecer. Ela foge levando somente as roupas do corpo.

Depois de alguns dias, quase morta de fome e frio, ela acaba na casa de um pastor. Não é bem recebida pelas mulheres da casa, porém quando o pastor se depara com ela, repreende as irmãs e a instala na casa como se sempre tivesse morado ali.

Aos poucos, o anfitrião se apaixona por ela e seu afeto encontra reciprocidade. Entretanto, a vida lhe prega uma peça e ela descobre que é herdeira de uma pequena fortuna. Ela reparte os bens com o pastor e suas irmãs em partes iguais, pois entende que sem a intervenção deles estaria morta e decide que, antes de partir com o pastor como sua ajudante para uma missão religiosa em terras distantes, quer revisitar seu antigo amor. Encontra-o numa situação lastimável, mas o amor se reacende no momento em que se reencontram.

Uma linda história de amor em que a primeira parte é extremamente tocante e envolvente e a segunda, surpreende. No fim da primeira parte, pensa-se que a história está acabando de uma forma triste, contudo as surpresas da segunda parte trazem uma reviravolta muito grande. A representação da mulher é a de uma mulher forte, detentora do seu próprio futuro.

Ótima leitura. Recomendo fortemente.

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47- Resenha do livro A AMANTE DO OFICIAL


PAM JENOFF, TRADUÇÃ MAÍRA MENDES GALVÃO, EDITORA HARPER COLLINS BRASIL, 2016, 334 páginas

RECOMENDAÇÃO: LITERATURA ADULTA

O livro tem como cenário, a Polônia durante a Segunda Guerra Mundial trazendo a história de Emma, uma moça judia que assim como todos os judeus neste período, teve que se "esconder" dos nazistas para não ser enviada para o gueto ou ser morta. Ela morava com seus pais até se casar com Jacob, um jovem judeu que se posicionara contra o nazismo mesmo antes da guerra começar e assim que ela começou, fugiu da noite para o dia, deixando Emma sozinha, a fim de poder preparar ações contra o governo junto com um forte grupo de resistência que precisava ficar na surdina para não ser dizimado.

Sozinha, Emma procurou a casa dos pais, mas já não os encontrou mais lá. Então rumou para o gueto, pois era a única chance que tinha de encontra-los e de tentar protegê-los. Lá, todos faziam trabalhos forçados: o pai trabalhava como padeiro e ela cuidava de crianças órfãs. Ali conheceu Marta. Mais tarde, soube que ela também fazia parte do grupo da resistência. Numa noite, enquanto dormia, foi acordada e levada pela resistência sem ao menos ter tido a chance de se despedir dos pais, para morar com a tia de Jacob, Krisia. Teve de assumir uma outra identidade. Agora, nos documentos, seu nome era Anna, sobrinha de Krisia cujos pais tinham sido mortos e por isso, tinha sido acolhida pela tia junto com seu "irmãozinho" Lukas, outro judeu, filho de um rabino preso pelos nazistas e de uma mulher grávida que havia sido brutalmente assassinada pelos alemães; assassinato este testemunhado por Emma.  Os dois, aos poucos foram se acostumando à nova vida. Krisia mantinha uma fachada de mulher alemã da alta sociedade e como tal, recebia pessoas de alta estirpe para jantares. Numa dessas ocasiões, ela recebeu algumas pessoas e entre elas, um oficial que representava o governo nazista na Polônia. O oficial Georg se interessou por Anna assim que colocou os olhos nela. Ele era viúvo. Sua esposa se matara estando grávida ao descobrir que ele estava envolvido no assassinato dos seus pais somente pelo fato de serem judeus o que Emma só descobriria bem mais tarde.

Em poucos dias, ele a convidou para ser sua assistente pessoal e Krisia achou a oportunidade excelente, pois assim ela poderia tentar descobrir como seriam os ataques dos nazistas contra a resistência e assim, ela passou a trabalhar com ele. Ela percebeu que ele estava apaixonado por ela e ao contar isso à Krisia, ela disse que seria muito interessante que ela se tornasse sua amante a fim de ter acesso também a sua casa onde ele provavelmente mantinha documentos sigilosos sobre a guerra. A princípio, ela resistiu, mas como também sentira uma forte atração por ele e assim ela poderia ajudar de alguma forma a resistência e tinha esperança de, depois da guerra, reencontrar seu marido, aceitou apesar do sentimento de culpa pela traição. A cada oportunidade, vasculhava o escritório da sua casa até chegar o dia em que percebeu que deveriam haver documentos confidenciais no fundo falso de uma gaveta de sua escrivaninha, mas quase foi flagrada mexendo nela. Com cuidado redobrado, agiu novamente noutro dia e os documentos ali encontrados foram muito importantes. Ela se sentia útil, mas mal, pois a traição lhe trazia constrangimento. Como explicaria isso a Jacob? Ele entenderia? Numa noite em que o oficial tinha ido à Alemanha, teve um encontro com Jacob. Eles puderam reviver seu amor numa noite de muita paixão. Meses depois, ela descobriu que estava grávida, mas pelo tempo de ausência da menstruação, atinou que o bebê era do oficial. Ela e Krisia armaram a sua fuga antes que ele percebesse a gestação, mas ela foi traída por Malgorzata, sua colega de trabalho. Seus planos foram por água abaixo e muitas coisas aconteceram antes dessa fascinante aventura terminar.

Um livro muito emocionante em que a tensão não deixa que se abandone a leitura. A trama é tão bem tecida que o leitor sente os mesmos medos e sustos das personagens, inclusive as sensações que o oficial teve ao ficar sabendo das câmaras de gás em Auschwitz.

O livro A amante do oficial é o romance de estreia de Pam Jenoff no qual valores como o poder da perseverança, a luta por ideais de grupo e a confiança em face de desafios se tornam mais perigosos a cada piscar de olhos.

Vale muito a pena ler esse livro.

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terça-feira, 11 de dezembro de 2018

46- Resenha do livro O ANO DA LEITURA MÁGICA


NINA SANKOVITCH, TRADUÇÃO PAULO POLZONOFF, EDITORA LEYA, 2011, 232 páginas

RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES

O livro tem como pano de fundo a morte de uma irmã da protagonista devido a um câncer. É narrado em primeira pessoa e trazendo alternadamente momentos do presente e do passado.

Para a narradora foi muito difícil superar a morte dessa irmã, pois a todo momento, lembrava-se de como eram felizes juntas, de como se amavam e se complementavam.  

Sua família sempre foi leitora e foi justamente num desafio de leitura que a protagonista foi procurar forças para superar a dor da perda. O desafio consistia em ler um livro por dia. Ela não trabalhava fora de casa, mas mesmo assim teve dificuldades em manter o propósito da leitura diária em dia. Seu marido a ajudava, porém com quatro filhos, essa tarefa era difícil. Então ela pediu ajuda aos seus quatros filhos também, distribuindo algumas tarefas para os mais velhos e até mesmo para os mais novos. A protagonista adquiriu vários aprendizados com esse desafio: resiliência, entusiasmo, gratidão, atenção, independência.

Felicidade literária é como a narradora definiu o seu desafio. Sentia-se plenamente realizada.

O livro também conta parte da história da família Sankovitch: o pai de Nina, que escapou da morte por um triz na Bielo-Rússia durante a Segunda Guerra Mundial e de suas irmãs Natacha e Anne-Marie que é a que morreu de câncer que lhe serviu de inspiração para aceitar esse desafio.

Seu projeto de um livro por dia afetou a vida de todas as pessoas com quem ela compartilhou suas leituras, pois espalhou alegria graças à discussão dos livros.

Recomendo a leitura com calma.

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45- Resenha do livro ALICE NO PAÍS DOS NÚMEROS


CARLO FRABETTI, TRADUÇÃO MARIA DOLORES PRADES, EDITORA ÁTICA, 2009, 112 páginas

RECOMENDAÇÃO: LITERATURA INFANTO-JUVENIL

            O livro foi escrito pelo italiano Carlo Frabetti que é também matemático o qual tem publicados mais de 40 livros entre os quais se destacam “A magia mais poderosa”, “Malditas matemáticas” e a série do Mundo Flotante. Em 2007 conquistou o Prêmio Barco de Vapor por sua novela Calvina. Criador e roteirista de Bola de cristal e outros programas de televisão, também se interessa de forma muito especial pela cultura da imagem. É presidente da Associação Contra a Tortura e membro fundador da Aliança de Intelectuais Antiimperialistas.

       A história remonta a uma das histórias mais famosas da literatura mundial, contada por Lewis Carol: “Alice no país das maravilhas”. No livro, Alice está entediada fazendo sua tarefa de matemática, matéria que considerava enfadonha e sem utilidade quando Charlie apareceu e lhe fez a proposta de entender e perceber que a matemática está em toda parte. Para isso, convidou-a a lhe seguir. Os dois entraram em um túnel e, aos poucos, outros personagens da história clássica foram mostrando a Alice como a matemática pode ser simples e é necessária.

Um livro curtinho, mas muito interessante para a compreensão de que os cálculos, sejam eles de soma, subtração, multiplicação e divisão, de progressão aritmética e geométrica e até mesmo de probabilidade, podem ser aprendidos com relativa facilidade.

A leitura desse livro me lembrou muito um livro de Malba Tahan, "O homem que calculava" no qual o narrador lança desafios matemáticos para as personagens com as quais se encontra pelo caminho.
É um livro que todo professor de Matemática do Ensino Fundamental final e Médio deveriam ler. Pois o mesmo poderia ajuda-los a preparar suas aulas sobre os conteúdos acima citados e com isso, desmistificar a matemática.

Recomendo a leitura para adolescentes, jovens e adultos, pois as crianças não conseguiriam entendê-lo.

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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

44- Resenha do livro CIDADES DE PAPEL


JOHN GREEN, EDITORA INTRÍNSECA, 2014, 251 páginas


RECOMENDAÇÃO: LITERATURA JUVENIL

O livro conta a história de Margo, uma adolescente que está no último ano do ensino médio que se considera problemática, pois tem um relacionamento difícil com os pais e tem poucos amigos. Está sempre planejando ações que a coloquem em evidência mesmo se ninguém souber quem as fez. Ela sente uma satisfação indescritível nisso. Numa noite qualquer, resolve pôr em prática coisas que planejou contra todas as pessoas que de alguma forma a insultaram com suas palavras ou atitudes. Para isso, conta (forçosamente) com a ajuda de Quentin, um amigo que depois desta noite, se apaixona por ela, uma vez que reconhece nela, uma pessoa decidida. Os dois saem na madrugada e, de casa em casa, agem de forma a humilhar essas pessoas. São onze passos detalhadamente planejados e executados sem falha nenhuma. Chegam novamente em casa no clarear do dia. Quentin vai para o colégio, mas sua manhã não tem proveito nenhum nos estudos. Margo nem foi. Aliás, Quentin foi quem por último a viu. Aquela noite foi uma espécie de despedida para Margo. Ela desapareceu.

Os pais não registraram queixa do seu desaparecimento. Pois ela já havia sumido por dias várias vezes e sempre voltava para casa. Eles estavam revoltados com seu sumiço porque diziam que o que ela queria, era chamar a atenção sobre si mesmo; achavam-na egocêntrica e até resolveram trocar as fechaduras da casa para que ela percebesse que a vida não girava em torno dela.

Quentin era o mais preocupado com essa situação, pois ele sabia como Margo era tratada pela família; por isso resolveu investigar seu desaparecimento. Foi até o quarto dela atrás de pistas e encontrou várias, porém todas muito intrincadas e direcionadas a ele, em especial. A partir daí, começa a procura desenfreada para tentar entender para onde as pistas levavam. Uma pista era um livro de cunho filosófico em que ela havia feito grifos com várias cores de marca texto. Procurou ajuda para interpretar o poema ou as citações grifadas até mesmo com sua professora de literatura. Quentin ficou noites e noites sem dormir até acreditar que entendeu uma das charadas deixadas por ela. Sem perda de tempo, mesmo estando no dia da formatura do ensino médio, ele decide que vai atrás da pista. Ele sentia que poderia não haver outra chance de encontrá-la, pois achava que ela poderia estar querendo se suicidar. Seus amigos Ben, Radar e Lacey vão com ele numa corrida contra o tempo ao descobrirem essa pista marcando um lugar onde Margo estaria até o outro dia. Eles tinham menos de vinte e quatro horas para chegar até lá e o trajeto tinha que ser feito a toda velocidade e com paradas parecidas com os pit stops das corridas.

Essa viagem é marcada pela persistência de Quentin e pela resistência dos quatro amigos que se revezavam dirigindo e juntos sofreram o cansaço, trânsito lento em alguns lugares e até mesmo um momento de extrema tensão no qual Ben agiu na hora certa conseguindo evitar um acidente que poderia ter sido fatal, uma vez que Quentin que estava dirigindo, ficou sem ação.

O fim é um tanto quanto previsível visto Margo ter a personalidade que tem.

O livro narra os fatos de modo bastante introspectivo, o que parece ser uma característica do estilo do autor. 

Vale a pena ler o livro.






quarta-feira, 7 de novembro de 2018

43 - Resenha do livro FRANKENSTEIN

MARY SHELLEY, DCL CULTURAL, 2007, 112 páginas

RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES
 
Esta é uma das primeiras e mais famosas histórias de terror da literatura mundial. Contada ao capitão Walton por Victor Frankenstein o qual foi acolhido pelo capitão do navio Prometheu quando o mesmo estava encalhado entre geleiras próximo ao Polo Norte.

Victor contou que morava com sua família: os pais, Alphonse e Caroline, com os irmãos Ernest e Wilian, a irmã adotiva Elizabeth, em Genebra na Suíça. Morava com eles também, a família de Justine a qual trabalhava para eles havia bastante tempo. Elizabeth havia sido adotada porque seus pais morreram numa epidemia de escarlatina que assolou a região. Anos mais tarde, Caroline morreu desta mesma doença e antes que isso acontecesse, fez Victor prometer que se casaria com Elizabeth. Victor era jovem e foi cursar faculdade na Alemanha e como tinha fixação em descobrir como reviver os mortos, começou a fazer experiências para conseguir dar a vida novamente a quem já havia morrido. Pegava corpos em cemitérios e necrotérios, costurava-os e sonhava com o dia em que a criatura assim formada ganhasse vida. E o inesperado aconteceu. E logo que a criatura abriu os olhos, destruiu todo o laboratório e saindo, levou consigo o diário de sua criação.

Victor ficou muito assustado, mas como a criatura sumiu, ele ficou mais despreocupado até saber da morte um dos seus irmãos em circunstância misteriosa tendo recaída a culpa pelo assassinato nas costas de Justine.

A criatura queria muito ser aceita por todos, queria viver. No entanto, todos os que entravam em contato com ela, achavam-na horrível e se distanciavam. Ele morou um tempo perto de uma família sem se deixar ver. Com eles, aprendeu inclusive a ler podendo enfim, conhecer sua história. Ajudava-os no trabalho e isso os consolava na sua pobreza. Mas no dia em que ele se apresentou a eles, não houve acordo e a família fugiu com medo.

O monstro então resolveu procurar por Victor com o pedido de que ele fizesse outra criatura – feminina – para conviver com ele. O cientista imediatamente começou o seu novo experimento, porém isso não se concretizou. Antes que ele o completasse, teve consciência do que poderia acontecer se essas criaturas se procriassem e, por isso, resolveu destruir a criatura projetava que só faltava ter vida. Sua atitude foi interpretada da pior maneira possível pelo monstro que resolveu se vingar de ter nascido com aquela aparência horrenda criando um verdadeiro caos na vida de seu criador.

É uma história de tirar o fôlego.

Recomendo fortemente sua leitura.



42- Resenha do livro UM CADÁVER OUVE RÁDIO

MARCOS REY, EDITORA ÁTICA, 1983,  123 páginas

RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES


O livro conta a história do assassinato de Alexandre, um sanfoneiro que estava se abrigando numa obra em construção. Quem o encontrou morto foi Muriçoca, um rapaz gago que procurava emprego e como ouviu o som de um rádio, achou que tinha gente no edifício a quem pudesse pedir por um trabalho. Após o susto, dirigiu-se à delegacia.

 Inicialmente, ficou sendo o principal suspeito. Léo, que era um mensageiro que trabalhava em um hotel cinco estrelas, foi chamado para reconhecer o corpo e ao chegar ao local do crime, viu que se tratava de um amigo da família – o Boa-vida. Não conseguiu pensar em nada que pudesse ser elencado como motivo do crime, por isso resolveu investigar tendo como ajudantes, Gino – seu primo enxadrista e cadeirante -, Zula – a mãe de Gino - e Ângela. Além de Muriçoca, tornaram-se suspeitos, Elvira – ex-mulher de Boa-vida -e João Valentão – outro sanfoneiro, amigo de farra de Alexandre visto que os dois haviam brigado recentemente.

A primeira pessoa a ser interrogada por Léo e Ângela foi Elvira que era proprietária de uma loja que comercializava pássaros e gaiolas. Em seu escritório, foram encontradas caixas de bebidas e pacotes estranhos à essa atividade o que lhes pareceu bastante estranho.

Depois foi feita uma tentativa frustrada de interrogatório à João Valentão e nesta ocasião, Léo foi espancado e a única coisa que descobriu foi que a sanfona da vítima estava no local onde João se apresentava.

A partir daí, entrou em cena, um homem chamado Sandoval que disse ser um primo muito próximo de Alexandre e estar muito triste por ter tido a possibilidade de evitar o assassinato e não o fez por achar o primo um cara muito à toa. Ofereceu até uma recompensa para quem denunciasse o assassino.

Em outro dia, Muriçoca, Elvira e Sandoval receberam ligações de alguém que se dizia amigo de João Valentão e ameaçava matá-los por tê-lo denunciado. Muriçoca ficou com muito medo e foi morar com Zula e nem saía de casa.

Léo e Ângela foram atrás de Luana -namorada do sanfoneiro- no intuito de encontrar o suspeito achando-o tocando sanfona num circo, porém ele mais uma vez conseguiu se esquivar da perseguição.

As investigações da polícia e dos amigos continuaram centralizadas em João Valentão e quando enfim conseguiram prendê-lo, percebem que não é ele o assassino.

O autor do livro guardou suas últimas fichas para os capítulos finais mesmo já tendo deixado pistas no início do livro com os itens que foram encontrados no local do crime.

Um trabalho primoroso do suspense policial, uma das especialidades deste talentoso escritor. Vale muito a pena ler o livro.


terça-feira, 6 de novembro de 2018


41- Resenha do livro CORRIDA INFERNAL

MARCOS REY, EDITORA ÁTICA, 1990,  117 páginas

RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES

O livro conta a história de Elaine que está em um metrô quando entra uma mulher carregando uma boneca famosa e senta ao seu lado e conversa banalidades aparentemente disfarçando para não ser notada por dois homens que pareciam estar procurando alguém. Num certo ponto do trajeto, a tal mulher dá a boneca a Elaine e desce do metrô não sem antes se certificar do endereço de Elaine e foi imediatamente seguida por um dos homens enquanto o outro permaneceu dentro dele.

Ao descer, a moça se reencontrou com seus dois comparsas, Lena contou que escondera o diamante roubado dentro de uma boneca ao fugir da joalheria onde os três haviam roubado a joia.

Enquanto isso, Elaine deu a boneca a Gabi, uma vizinha que estava se mudando da favela porque Vitor, seu namorado ficara enciumado achando que ela havia ganho a boneca de algum outro admirador. Quando Vitor percebeu que o ciúme era desnecessário soube que Elaine dera a boneca, por isso comprou outra igual para ela bem a tempo de Lena chegar e pedir sua boneca de volta e levar, sem perceber, outra boneca.

Elaine e sua avó viram pela televisão uma reportagem sobre o assalto e a moça reconheceu Lena e logo a avó percebeu a intenção da moça ao entregar a boneca à neta. O casal de namorados seguiu imediatamente rumo à favela para tentar recuperar a boneca com o diamante para o qual a recompensa era bastante significativa, mas ao chegarem lá, a boneca tinha sido roubada por um trombadinha a poucos minutos.

Enquanto isso, os assaltantes dirigiam-se a um local onde um receptador de joias roubadas iria comprar o diamante e esquartejarem a boneca, mas não encontraram o diamante.
Ao saber, a única explicação para Lena é de que sua prima costureira a havia enganado e foram até a casa dela. Como a prima confirmou ter pregado o diamante na boneca e os bandidos continuavam achando que ela era mentirosa, espancaram-na até que perdesse os sentidos, reviraram toda casa sem encontrar nada e só saíram quando os vizinhos notaram que havia algo errado em seu cômodo.
Elaine e Vitor foram até a favela, mas também não encontraram a boneca e se lembraram que a avó poderia estar recebendo a visita dos bandidos para procurar a boneca lá.

Depois disso, a mãe do trombadinha Zito vendeu a boneca para as diretoras de um orfanato e quando esta boneca e um monte de outras já estavam embrulhadas como presente de natal para as meninas que lá eram abrigadas, apareceram Vitor e Elaine e os criminosos para reavê-la. As diretoras ficaram ainda mais nervosas quando a polícia chegou.

É uma trama digna de filme policial, Vale muito a pena ler.






segunda-feira, 22 de outubro de 2018

40- Resenha do livro MARCADOSvolume um


CARAGH M. O’BRIEN, TRADUÇÃO PETÊ RISSATTI, EDITORA

 GUTEMBERG, 2014,  365 páginas

RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES (Ficção norte-americana)

O livro é o primeiro da trilogia escrita com maestria por Caragh M. O’Brien. Fala sobre um mundo paralelo – a Enclave – para o qual são levados obrigatoriamente os três primeiros bebês nascidos com a ajuda das parteiras (desde que não tivessem nenhuma deficiência visível).

Gaia, a protagonista desta fascinante história, era filha de um casal de gente pobre como a maioria dos que viviam fora dos muros da Enclave. Seu pai era alfaiate e a mãe, parteira junto a qual aprendera o ofício. No início do enredo, Gaia relata como foi o primeiro parto que fez sem estar com a mãe por perto, pois sua progenitora estava atendendo a outra parturiente. Conta que faziam um chá para a mãe depois do parto para que o útero voltasse ao normal, o que na verdade nada mais era do que  um artifício para distraí-la a fim de tatuar o bebê: eram quatro pontinhos feitos no calcanhar que indicavam de que parte da cidade  tinha vindo o bebê antes de entregá-lo na Enclave o que precisava acontecer antes dos 90 minutos de vida do bebê, caso ele fosse perfeito.

Após a entrega, Gaia foi para casa e não encontrou mais os pais. Esperou alguns dias e nada deles aparecerem. Ela teve uma vaga informação do que estava acontecendo quando a pessoa que recebia os bebês que ela levava para dentro da muralha, entregou a ela um bilhete com uma mensagem que ela conseguiu decifrar mais tarde dizendo que ela deveria procurar sua avó na floresta morta, local este que muitos acreditavam nem existir. O bilhete dizia também para que ela não revelasse nada sobre a marcação dos bebês que a mãe fazia e de outra que estava numa fita e que ela desconhecia. Então ela decidiu que procuraria pelos pais dentro da Enclave e, para isso foi ajudada por um padeiro que mesmo correndo risco, pois era vigiado dia e noite, aceitou colaborar em sua empreitada.

Uma vez lá dentro, presenciou horrores que nunca havia imaginado, mesmo que o Protetorado -chefe daquele mundo – passasse a imagem de uma sociedade perfeita, ideal. Ficou sabendo o porquê de seus pais terem sido presos: eles haviam sido considerados traidores porque não quiseram revelar o sistema de marcação dos bebês e eles precisavam descobrir quem eram os pais biológicos dos jovens que moravam lá, pois estavam havendo problemas de saúde devido à consanguinidade. O pai fora morto por se negar a colaborar e com a mãe só não aconteceu a mesma coisa porque ela estava grávida e esse bebê poderia ser útil para eles visto que já haviam descoberto que havia pessoas oriundas do setor em que ela era parteira que carregavam um gene que dominava sobre genes que provocavam hemofilia o que se tornara um problema frequente na Enclave.

Gaia conseguiu a adesão de alguns soldados, um dos quais descobriu mais tarde através do código feito pelo pai na fita que era seu irmão. Estes a ajudaram a encontrar a mãe e ao fugirem, a mãe entrou em trabalho de parto e morreu por causa de uma hemorragia, pois ela estava extremamente fraca.

A partir daí, Gaia passou a lutar para fugir daquele lugar levando consigo Maya, sua irmãzinha o que se revelou uma tarefa muito difícil. Muita luta e sofrimento ocorre ainda até o fim deste livro.
Muito emocionante. Uma trama muito bem construída. As ações são tão bem narradas que parece que se está vivendo a aventura junto aos personagens.

Como é uma trilogia, a história tem continuação nos livros “APRECIADA” e “PROMETIDOS”.

Vale muito a pena ler cada página deste livro envolvente e com certeza, os outros dois livros da trilogia.






Livros 2 e 3 da trilogia





39- Resenha do livro À PROCURA DA FELICIDADE

CHRIS GARDNER, TRADUTORA ALZIRA ALLEGRO, 

EDITORA NOVO CONCEITO, 2011,  397 páginas

RECOMENDAÇÃO: LITERATURA ADULTA

O livro biográfico conta a história de Chris Gardner desde sua infância até a chegada à maturidade e sucesso profissional. Sua vida não foi um mar de rosas. Durante a infância convivia com uma família conturbada: a mãe e seus outros filhos, nenhum do mesmo pai ao qual ele só conheceu quando já era pai e a imagem que dele carregava, era de que ele não tinha noção do quanto a sua ausência era sentida. A mãe era humilhada e espancada frequentemente pelo seu companheiro que embora trabalhasse para sustentar a mulher, seus filhos e os não seus filhos, quando bebia ficava violento fazendo com que sua ela tivesse quase sempre hematomas e cortes. Porém ela não conseguia sustentar a si mesma e aos seus 4 filhos, portanto sofria calada sempre prometendo a si mesmo e aos filhos de que aquela surra seria a última mesmo quando todos sabiam que haveria muitas outras, infelizmente.

Teve, mesmo assim, o amor da mãe muito presente bem como o da irmã mais velha, Ophelia, e dos tios entre os quais Henry era o seu preferido. Com ele, morou na época em que a mãe acabou na prisão por ter tentado matar o companheiro ateando fogo à cama onde ele dormia bêbado. Ele conseguiu acordar a tempo e a acusou formalmente e ela não teve como negar.

Até a adolescência estudou pouco, mas sua situação era vulnerável e ele acabou se envolvendo com drogas embora nunca tivesse ficado viciado. Trabalhou cedo também fazendo bicos sempre tentando um trabalho formal, entretanto sem formação específica tendo que ficar sempre com o que aparecia. Chegou a vender drogas para ter dinheiro para comprar comida.

Teve envolvimento com várias mulheres todas negras como ele. Casou-se com uma mulher rica e mais velha a quem traía sempre que aparecia alguma mulher que lhe despertasse um desejo que ele considerava incontrolável. Deixou-a quando conheceu Jackie com a qual teve dois filhos: o primeiro, Chris Jr., o qual mudou sua vida completamente, pois havia prometido que seu filho não seria ‘um maldito filho sem pai’ como ele tinha sido tantas vezes violentado verbalmente pelo companheiro da sua mãe e uma menina que veio sem querer depois de uma separação demorada quando Chris decidiu tentar novamente viver com Jackie.

A maior parte do livro descreve sua tentativa incansável de se firmar profissionalmente sem ter profissão. Sua mãe havia lhe dito inúmeras vezes que o que ele quisesse, ele poderia ter e que para isso, ele deveria lutar. Trabalhou em várias corretoras sempre como iniciante, sem aparecer, pois o fato de ser negro, fechava-lhe algumas portas. Contudo, ele não desistiu, mesmo quando Jackie lhe trouxe o filho para morar com ele quando nem teto tinha. Enfrentou dificuldades tais que por noites dormia com seu filho em banheiros de rodoviárias e aeroportos; comia o que lhe davam.
Até que por fim, sua atuação mostrou um diferencial que atraía investidores até de outros países, os quais agora já sabiam que ele era negro e não se importavam com isso, contanto que ele lhes proporcionasse lucros significativos. Conheceu Nelson Mandela, famoso líder sul-africano o qual marcou muito a sua vida, pois lhe serviu de modelo de vida.

Quando já estava muito bem estabelecido, administrando seu próprio negócio, voltou a alguns lugares por onde tinha vagado quando passou muita necessidade e as pessoas o ajudaram, para agora dar sua contribuição.

A história dividida em 3 partes nas quais é relatada cada parte de sua vida com suas particularidades; umas bastante dramáticas, porém o livro é bem envolvente.

O livro virou filme, mas nele, várias partes foram omitidas embora tenham sido bastante significativas na sua trajetória.

Vale a pena ler o livro.

# RESENHA Nº 229 #LIVROS   TÍTULO DO LIVRO: UM BANQUETE PARA HITLER AUTOR(A): V. S. ALEXANDER TRADUÇÃO: CRISTINA ANTUNES EDITORA...