sábado, 25 de setembro de 2021

#RESENHA Nº199

#LIVROS

 

TÍTULO DO MANGÁ: SPY x FAMILY – VOLUME 1

AUTOR E ILUSTRADOR: TATSUYA ENDO

TRADUÇÃO: LUCIANE YASAWA

EDITORA: PANINI BRASIL

ANO DE PUBLICAÇÃO: 2020

NÚMERO DE PÁGINAS: 216

RECOMENDAÇÃO: INFANTO-JUVENIL

 

            A obra é um mangá – história em quadrinhos de origem japonesa – escrito e ilustrado por Tatsuya Endo. É o primeiro de uma série de seis volumes nos quais o protagonista é Twiligth, um espião.

Nesta aventura, ele se mete em situações bastante cômicas. Para executar sua próxima missão, ele precisa constituir uma família. Como ele não tem nem uma namorada, sai contra sua vontade, em busca de uma ‘esposa’ e um filho.

Passa em um orfanato e já sai de lá com uma filha à tiracolo. A garotinha de apenas 4 anos de idade é Anya. Tem poderes paranormais, mas ninguém sabe disso. O administrador do orfanato sabe apenas que a menina não permaneceu muito tempo em nenhuma casa de abrigo de menores antes dizendo que a mesma é arruaceira e fica bastante satisfeito ao perceber que o espião está disposto a adotá-la facilitando muito as coisas para ele.

Twilight leva a menina para casa e ela percebe que ele está mentindo, mas começa a agradá-lo, pois o que ela quer é viver aventuras e sente que, com ele, vai conseguir isso. O ‘pai’ já sente que vai ter problemas com a ‘filha’, mas precisa dela. Então, aguenta firme, saindo em busca de uma ‘esposa’.

Encontra despropositadamente com Yor, uma jovem de 27 anos, solteira, que precisa de uma companhia para ir a uma festa e para manter sua pose de boa moça a despeito de sua real situação e os dois firmam um acordo em que os dois serão recompensados.

E os três vão, aparentemente, se conhecendo melhor para que as outras pessoas acreditem que eles são de fato uma família. E ocorrem situações bastante engraçadas até que a família pareça o que precisa parecer.

Não sou leitora assídua de mangás, mas este me pareceu muito bem escrito; suas ilustrações são em preto e branco como a maioria dos mangás e explora bastante a linguagem não-verbal, principalmente, as linhas cinéticas. Traz bastante textos curtos indicando pensamentos dos personagens. Interessante deve ser conhecer os demais volumes. Sua leitura é bem rápida.

 

DLL- SETEMBRO- HQ OU GRAPHIC NOVEL

 

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

 #RESENHA Nº 198

#LIVROS

 

TÍTULO DO LIVRO: QUARTO DE DESPEJO- DIÁRIO DE UMA FAVELADA

AUTOR(A): CAROLINA MARIA DE JESUS

EDITORA: ÁTICA

EDIÇÃO: 10ª

ANO DE PUBLICAÇÃO: 2019

NÚMERO DE PÁGINAS: 200

RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES

 

         O livro é narrado em primeira pessoa pela própria autora numa escrita bastante poética. Ela, mulher, negra, mãe de três filhos, favelada, desnutrida e que precisa sustentar os filhos – faça sol ou faça chuva. O triste relato autobiográfico que acometia sua família e a de milhares de outras na década de 1950 em São Paulo. Um relato que parece ser atual.

            O livro é escrito em forma de diário e, em muitos dias, o relato começa igual: “São quatro horas. Levantei-me e fui buscar água no rio.” Seu barraco era muito frágil e, assim como os demais, não tinha água encanada. Energia tinha, mas ela praticamente não usava, pois sabia que se a conta fosse alta, ela não poderia pagá-la. O filho adolescente dava trabalho porque era encrenqueiro e gostava de ter o que ela não podia comprar para ele. As duas meninas eram ainda bem novas e não compreendiam muito bem aquela vida.

            Carolina só tinha estudou dois anos, mas lia tudo o que lhe caía nas mãos: livros que achava no lixo quando catava papel e jornais já abandonados. Entendia, e muito bem, a situação política do Brasil. Escrevia um diário o qual sonhava em publicar em formato de livro para que, com o dinheiro angariado com sua venda, pudesse comprar uma casa fora da favela e favorecer a vida dos filhos.

Um livro que deveria ser lido por todos. É só o que eu tenho para falar.

           

DLL- SETEMBRO- CLÁSSICO NACIONAL

 

domingo, 5 de setembro de 2021

 #RESENHA Nº 197

#LIVROS

 

TÍTULO DO LIVRO: O MENINO QUE ACREDITAVA EM MILAGRES

AUTOR(A): JOHN O’LEARY

TRADUÇÃO:SÚRIA SCAPIN

EDITORA: UNIVERSO DOS LIVROS

ANO DE PUBLICAÇÃO: 2020

NÚMERO DE PÁGINAS: 288

RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES

 

            Esta resenha contém spoilers, pois sendo um livro autobiográfico, sabe-se que seu autor sobreviveu para poder contar sua história. No livro, John conta como sua vida mudou depois do incêndio que lhe provocou queimaduras de segundo e terceiro graus em todo corpo. A história não é ficcional; aconteceu de fato o que torna a narrativa ainda mais tocante.

            John era um garoto como outro qualquer. Tinha uma família que o cobria de amor e carinho. Aos nove anos, viu garotos um pouco mais velhos se divertindo ao ver as chamas de uma pequena fogueira bailarem gostosamente e, inocentemente, quis fazer o mesmo. Entretanto, ele usou o combustível de um galão de 20 litros para fazer sua ‘pequena’ fogueira e assim, provocou um incêndio que reduziu a casa da família a cinzas e quase morreu carbonizado junto com ela.

            O autor vai narrando em tom de depoimento, num estilo bem informal, como foi sua vida depois daquele ‘bendito’ dia. É isso mesmo: ele bendiz aquele dia por tudo o que ele lhe trouxe de bom para sua vida. Ficou vários meses no hospital, passou por várias cirurgias e lá conheceu pessoas maravilhosas que de uma forma pouco convencional o desafiaram a viver, a começar pela sua própria mãe.  Ela não acreditava que ele sobreviveria, mesmo assim, apostou todas as suas fichas nisso. Impôs-lhe sua própria cura dizendo: “Você decide se quer viver ou morrer.” E este desafio o motivou a lutar com todas as suas forças.

            Sofreu muito para se recuperar o suficiente para poder voltar para casa. O que ele não sabia era que sua batalha mal tinha começado. A luta para conseguir comer sozinho, voltar a escrever e mais tarde, estudar, voltar a andar e superar seus traumas foi muito grande. A tendência ao ler este livro foi de chorar junto com o protagonista a cada conquista tida por ele. É uma história inspiradora, que nos leva a ter paixão pela vida assim como o protagonista teve.

            O livro traz também suas reflexões sobre tudo o que lhe aconteceu e as lições que tirou do acidente que quase lhe tirou a vida. John, bem como toda a sua família, foram pessoas muito fortes e, juntos, celebram a vida brilhante de John.

O livro poderia também ser classificado como de autoajuda. É envolvente da primeira à última página. Super-recomendo sua leitura.

DLL- SETEMBRO- UM LIVRO AUTOBIOGRÁFICO

 

# RESENHA Nº 229 #LIVROS   TÍTULO DO LIVRO: UM BANQUETE PARA HITLER AUTOR(A): V. S. ALEXANDER TRADUÇÃO: CRISTINA ANTUNES EDITORA...