#LIVROS
TÍTULO DO LIVRO: A MADONA DE CEDRO
EDITORA: JOSÉ OLYMPIO
ANO DE PUBLICAÇÃO: 2014
NÚMERO DE PÁGINAS: 256
Este
é o 2° livro publicado pelo escritor carioca Antonio Callado que era formado em
Direito, mas que nunca exerceu a profissão aprimorando-se no ofício de
jornalista. Começou a trabalhar em um jornal em 1937 e até 1969, isso era o que
completava a sua existência, pois em suas viagens de trabalho é que escolhia os
temas dos seus livros.
Durante a
Segunda Guerra Mundial, trabalhou como redator para a famosa BBC de Londres.
Proust, Machado de Assis e José de Alencar foram personalidades no universo
literário que marcaram seu trabalho como escritor.
O livro A MADONA DE CEDRO foi publicado pela
primeira vez em 1957, três anos depois do seu primeiro livro ASSUNÇÃO DE SALVIANO. Nestes dois
livros, o tema é a religiosidade; no entanto, o tema ‘política’ se sobressaía
em suas obras posteriores e, por conta disso, foi preso duas vezes.
No livro, o
protagonista é Delfino Montiel, um comerciante mineiro da cidade de Congonhas
do Campo. Sua especialidade eram peças de pedra-sabão. O comércio não era muito
forte, mas dava para viver.
Um dia, voltou
para a cidade um ex-morador: Adriano, seu amigo de infância. Não veio por causa
de saudade nem nada; seu negócio era outro. Queria que Delfino conhecesse o Rio
de Janeiro e o seu patrão Juca Vilanova. E conseguiu convencer o amigo a ficar
em sua casa no Rio por alguns dias. Lá conheceu Marta, a Mar, e por ela se
apaixonou de cara. Em pouco tempo, propôs-lhe casamento, porém o pai da moça insistia
que o noivo deveria, pelo menos, ter casa própria.
Concomitantemente,
Adriano (escorado pelo patrão) ofereceu a Delfino o negócio que iria resolver
seu problema de moradia: roubar uma estátua valiosa de dentro da igreja de sua
cidade. Delfino pestanejou. Sabia que não deveria fazer isso; entretanto, sua
paixão desenfreada por Mar, decidiu por ele.
Realizado o
ato ilegal, tinha no bolso o dinheiro de que precisava para comprar uma casa e
se casar com a amada.
O que ele não
contava era que a consciência não o deixaria em paz por um minuto sequer. Por
treze anos, não conseguira nem confessar e nem comungar e, por causa disso, sua
esposa começara a importuná-lo, pois queria saber o porquê disso. E ele estava
prestes a se confessar ao padre Estevão e à esposa quando uma segunda visita de
Adriano com uma nova proposta deitou por terra sua decisão. E o pior era que
desta vez, o protagonista não teria escolha.
Uma
história envolvente sobre fé, arrependimento, corrupção com um final
surpreendente. O suspense sobre a trama é intenso. O roubo de que trata a
história é inspirado em fatos, pois há muitos relatos reais de roubos de
objetos de arte, especialmente, esculturas feitas pelo grande escultor
Aleijadinho.
Um livro que
vale muito a pena conhecer.
#RESENHA
#LIVROS
DLL- janeiro- Livro de um autor brasileiro nunca lido
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