sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

#RESENHA Nº 174

#LIVROS

 

TÍTULO DO LIVRO: A MADONA DE CEDRO

AUTOR(A): ANTONIO CALLADO

EDITORA: JOSÉ OLYMPIO

ANO DE PUBLICAÇÃO: 2014

NÚMERO DE PÁGINAS: 256


                Este é o 2° livro publicado pelo escritor carioca Antonio Callado que era formado em Direito, mas que nunca exerceu a profissão aprimorando-se no ofício de jornalista. Começou a trabalhar em um jornal em 1937 e até 1969, isso era o que completava a sua existência, pois em suas viagens de trabalho é que escolhia os temas dos seus livros.

Durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhou como redator para a famosa BBC de Londres. Proust, Machado de Assis e José de Alencar foram personalidades no universo literário que marcaram seu trabalho como escritor.

O livro A MADONA DE CEDRO foi publicado pela primeira vez em 1957, três anos depois do seu primeiro livro ASSUNÇÃO DE SALVIANO. Nestes dois livros, o tema é a religiosidade; no entanto, o tema ‘política’ se sobressaía em suas obras posteriores e, por conta disso, foi preso duas vezes.

No livro, o protagonista é Delfino Montiel, um comerciante mineiro da cidade de Congonhas do Campo. Sua especialidade eram peças de pedra-sabão. O comércio não era muito forte, mas dava para viver.

Um dia, voltou para a cidade um ex-morador: Adriano, seu amigo de infância. Não veio por causa de saudade nem nada; seu negócio era outro. Queria que Delfino conhecesse o Rio de Janeiro e o seu patrão Juca Vilanova. E conseguiu convencer o amigo a ficar em sua casa no Rio por alguns dias. Lá conheceu Marta, a Mar, e por ela se apaixonou de cara. Em pouco tempo, propôs-lhe casamento, porém o pai da moça insistia que o noivo deveria, pelo menos, ter casa própria.
                Concomitantemente, Adriano (escorado pelo patrão) ofereceu a Delfino o negócio que iria resolver seu problema de moradia: roubar uma estátua valiosa de dentro da igreja de sua cidade. Delfino pestanejou. Sabia que não deveria fazer isso; entretanto, sua paixão desenfreada por Mar, decidiu por ele.

Realizado o ato ilegal, tinha no bolso o dinheiro de que precisava para comprar uma casa e se casar com a amada.

O que ele não contava era que a consciência não o deixaria em paz por um minuto sequer. Por treze anos, não conseguira nem confessar e nem comungar e, por causa disso, sua esposa começara a importuná-lo, pois queria saber o porquê disso. E ele estava prestes a se confessar ao padre Estevão e à esposa quando uma segunda visita de Adriano com uma nova proposta deitou por terra sua decisão. E o pior era que desta vez, o protagonista não teria escolha.
                Uma história envolvente sobre fé, arrependimento, corrupção com um final surpreendente. O suspense sobre a trama é intenso. O roubo de que trata a história é inspirado em fatos, pois há muitos relatos reais de roubos de objetos de arte, especialmente, esculturas feitas pelo grande escultor Aleijadinho.

Um livro que vale muito a pena conhecer.


#RESENHA
#LIVROS

 

DLL- janeiro- Livro de um autor brasileiro nunca lido

 
 

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