segunda-feira, 22 de outubro de 2018

40- Resenha do livro MARCADOSvolume um


CARAGH M. O’BRIEN, TRADUÇÃO PETÊ RISSATTI, EDITORA

 GUTEMBERG, 2014,  365 páginas

RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES (Ficção norte-americana)

O livro é o primeiro da trilogia escrita com maestria por Caragh M. O’Brien. Fala sobre um mundo paralelo – a Enclave – para o qual são levados obrigatoriamente os três primeiros bebês nascidos com a ajuda das parteiras (desde que não tivessem nenhuma deficiência visível).

Gaia, a protagonista desta fascinante história, era filha de um casal de gente pobre como a maioria dos que viviam fora dos muros da Enclave. Seu pai era alfaiate e a mãe, parteira junto a qual aprendera o ofício. No início do enredo, Gaia relata como foi o primeiro parto que fez sem estar com a mãe por perto, pois sua progenitora estava atendendo a outra parturiente. Conta que faziam um chá para a mãe depois do parto para que o útero voltasse ao normal, o que na verdade nada mais era do que  um artifício para distraí-la a fim de tatuar o bebê: eram quatro pontinhos feitos no calcanhar que indicavam de que parte da cidade  tinha vindo o bebê antes de entregá-lo na Enclave o que precisava acontecer antes dos 90 minutos de vida do bebê, caso ele fosse perfeito.

Após a entrega, Gaia foi para casa e não encontrou mais os pais. Esperou alguns dias e nada deles aparecerem. Ela teve uma vaga informação do que estava acontecendo quando a pessoa que recebia os bebês que ela levava para dentro da muralha, entregou a ela um bilhete com uma mensagem que ela conseguiu decifrar mais tarde dizendo que ela deveria procurar sua avó na floresta morta, local este que muitos acreditavam nem existir. O bilhete dizia também para que ela não revelasse nada sobre a marcação dos bebês que a mãe fazia e de outra que estava numa fita e que ela desconhecia. Então ela decidiu que procuraria pelos pais dentro da Enclave e, para isso foi ajudada por um padeiro que mesmo correndo risco, pois era vigiado dia e noite, aceitou colaborar em sua empreitada.

Uma vez lá dentro, presenciou horrores que nunca havia imaginado, mesmo que o Protetorado -chefe daquele mundo – passasse a imagem de uma sociedade perfeita, ideal. Ficou sabendo o porquê de seus pais terem sido presos: eles haviam sido considerados traidores porque não quiseram revelar o sistema de marcação dos bebês e eles precisavam descobrir quem eram os pais biológicos dos jovens que moravam lá, pois estavam havendo problemas de saúde devido à consanguinidade. O pai fora morto por se negar a colaborar e com a mãe só não aconteceu a mesma coisa porque ela estava grávida e esse bebê poderia ser útil para eles visto que já haviam descoberto que havia pessoas oriundas do setor em que ela era parteira que carregavam um gene que dominava sobre genes que provocavam hemofilia o que se tornara um problema frequente na Enclave.

Gaia conseguiu a adesão de alguns soldados, um dos quais descobriu mais tarde através do código feito pelo pai na fita que era seu irmão. Estes a ajudaram a encontrar a mãe e ao fugirem, a mãe entrou em trabalho de parto e morreu por causa de uma hemorragia, pois ela estava extremamente fraca.

A partir daí, Gaia passou a lutar para fugir daquele lugar levando consigo Maya, sua irmãzinha o que se revelou uma tarefa muito difícil. Muita luta e sofrimento ocorre ainda até o fim deste livro.
Muito emocionante. Uma trama muito bem construída. As ações são tão bem narradas que parece que se está vivendo a aventura junto aos personagens.

Como é uma trilogia, a história tem continuação nos livros “APRECIADA” e “PROMETIDOS”.

Vale muito a pena ler cada página deste livro envolvente e com certeza, os outros dois livros da trilogia.






Livros 2 e 3 da trilogia




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