domingo, 15 de maio de 2022

 #RESENHA Nº 222


#LIVROS

 

TÍTULO DO LIVRO: GERMINAL

AUTOR(A):  ÉMILE ZOLA

TRADUÇÃO: FRANCISCO BITTENCOURT

EDITORA: MARTIN CLARET

ANO DE PUBLICAÇÃO: 2006

2ª EDIÇÃO – SÉRIE OURO

NÚMERO DE PÁGINAS: 440

RECOMENDAÇÃO: LITERATURA ADULTA

 

            O autor francês é considerado o criador do Naturalismo, período literário cujas características mais marcantes são o detalhismo, o determinismo, o cientificismo, a crítica à igreja e à burguesia e o tratamento dos seres humanos como meros animais.

            Algumas das características acima citadas estão muito presentes nessa obra que é considerada a obra-prima do autor com destaque para a última.

            A trama angustiante que foi redigida por Émile traz a luta de trabalhadores das minas de carvão da França por melhores salários para que os mineiros pudessem ter uma vida minimamente digna, pois a maioria deles passava fome e até frio apesar de poderem levar um pouco de carvão para casa ao fim do expediente, mas a porção permitida era insuficiente.

A desigualdade social salta aos olhos do leitor e dá um aspecto de crueldade a essa disparidade. Os mineiros passavam muita necessidade apesar de descerem para os túneis ainda de madrugada e saíssem de lá tarde da noite. Mesmo assim, os donos das minas reclamavam da pouca produtividade. Os salários dos trabalhadores eram baixíssimo.

            Na mina, trabalhavam homens, mulheres e adolescentes de ambos os sexos. É com essa realidade que Etienne se deparou ao chegar a Montsou à procura de trabalho. Logo no primeiro dia de trabalho na mina, conheceu outros trabalhadores entre os quais Maheu, Katherine, a filha de Maheu que tinha outros seis filhos dos quais alguns eram adolescentes e outros, crianças em tenra idade e também Chaval, um homem rude que não aceitava um não como resposta.

            Etienne pretendia a ascensão social, mas não estava em posição de escolher serviço, entretanto, em pouco tempo, seu espírito de liderança se manifestou instigando os demais trabalhadores a lutarem por um salário mais justo. Convenceu-os de que uma greve era necessária para que os patrões valorizassem mais seu trabalho e que as condições de trabalho deveriam ser melhores também visto que corriam riscos de explosão devido aos gases nos túneis das minas e porque, muitas vezes, os trabalhadores eram obrigados a trabalhar com água até a cintura.

            A greve aconteceu, mas os resultados de dias e dias sem trabalhar não foi como o esperado, provocando, entre outras coisas, a morte de várias pessoas. O caos se instalou no vilarejo.

            Há um romance tênue entre alguns dos personagens, mas nada que mereça destaque. É uma história triste sem final feliz, no entanto é uma obra importante de ser lida uma vez que relata situações trabalhistas tão atuais quanto possível.

            Embora o desfecho da história seja bem diferente que o idealizado durante a leitura, vale muito a pena ler o livro.

 

DLL- MAIO- QUE SE PASSE NA EUROPA

 

 

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