domingo, 17 de março de 2019

66- Resenha do livro APENAS O NADA


LUÍSA ARANHA, E-BOOK AMAZON, 2017, 221 páginas

RECOMENDAÇÃO: LITERATURA ADULTA

Luísa Aranha, uma escritora gaúcha que apesar de jovem, já tem 18 livros publicados. É jornalista, blogueira e escritora. Vive mudando constantemente de cidade. Natural de Porto Alegre/RS, tem o chimarrão como seu companheiro inseparável nas horas de trabalho.  Escreve em seu blog desde 2009 encontrando na atividade uma forma de expressar seus sentimentos. Expressa-se através de contos, poemas e crônicas.

A autora começou a escrever seus primeiros textos, ainda na adolescência. Seus diários, guardados até hoje como tesouros, narram não só suas aventuras, como também trazem poemas e crônicas sobre a vida.  Em 1994, com quatorze anos, escreveu seu primeiro livro para um trabalho de escola.  E em 2005, escreveu o seu primeiro romance, “Amar só se ama uma vez…”, o qual foi lançado na Feira do Livro de POA.

Este é o primeiro livro dela que leio e, com certeza, não será o último. Com uma escrita bem introspectiva, ela nos envolve com uma verossimilhança incrível para dentro do consciente de uma mulher que foi abusada sexualmente pela primeira vez quando ainda era uma criança e, durante um longo período aos dezoito anos.

A obra é narrada em primeira pessoa e conta a vida de Maria Rita que era boa, pois tinha pais maravilhosos, porém, de uma hora para outra, seu pai sai de casa sem deixar vestígios. A mãe se apega às drogas por não conseguir entender porque o marido as abandonou. A filha tem esperanças de que o pai volte a qualquer momento. A única que tem os pés no chão é sua 'aboela' (avó na língua espanhola). Ela cuida de tudo enquanto a mãe se perde. Mas a avó sofre de câncer e sua vida se acaba. Numa noite dessas, a mãe também morre por conta de uma overdose. Ao ver sua situação, a menina corre até um bar próximo a sua casa para pedir ajuda e lá sofre os primeiros abusos.

Maria Rita, não tendo ninguém para cuidar dela, é encaminhada a um orfanato. Ela só bem mais tarde compreenderia, que lá ela tinha uma família. Ao alcançar a maioridade, sai daquele lar e vai se instalar no dormitório de uma faculdade onde estudaria Artes Cênicas, seu grande sonho. Este sonho se transformou em pesadelo ao conhecer Fernando e se tornar seu objeto de tortura. O novo namorado lhe impingia inimagináveis torturas sexuais e verbais. Trancava-a amarrada dentro de um armário, deixando-a lá por dias a fio. Para ela sair daquele inferno, ela provocou um incêndio para que outras pessoas a encontrassem nem que fosse morta; ela não se importava. Mas ela foi salva por Sandra, uma mulher que procurava sua filha desaparecida a anos. Ela a levou a um hospital onde a jovem ficou internada durante 7 longos meses até se recuperar das queimaduras de terceiro grau que tinha sofrido. E ficou todo esse tempo sem pronunciar uma única palavra porque achava que se falasse, seu agressor a encontraria e seu tormento recomeçaria.

Sandra a levou para sua casa e Maria Rita se tornou a filha desaparecida.

Anos mais tarde, Sandra faleceu e ela estava sozinha novamente. Sua vida já tinha tomado outros rumos. Ela era uma atriz de teatro famosa, mas por não conseguir superar seus traumas, resolveu que ia se suicidar. Mas a vida lhe reservaria surpresas naquele que ela tinha idealizado para ser o último dia de sua atormentada vida.

Um livro surpreendente que tem ótimas avaliações no site em que é vendido.

Vale muito a pena ler este livro, mesmo que o leitor chore com a protagonista.

Link para a compra:

2 comentários:

# RESENHA Nº 229 #LIVROS   TÍTULO DO LIVRO: UM BANQUETE PARA HITLER AUTOR(A): V. S. ALEXANDER TRADUÇÃO: CRISTINA ANTUNES EDITORA...