domingo, 20 de janeiro de 2019

57- Resenha do livro UM LONGO CAMINHO PARA CASA


DANIELLE STEEL, TRADUÇÃO: RAQUEL ZAMPIL e MÁRCIO EL 

JAICK, EDITORA RECORD, 1998, 366 páginas


RECOMENDAÇÃO: LITERATURA JUVENIL

O livro foi escrito por Danielle Steel, uma escritora americana das mais bem-sucedidas no mundo literário que teve seu primeiro romance publicado em 1971. Para ela, o segredo da grande aceitação das suas obras está no fato de criar um mundo que espelha suas fantasias de felicidade. Muitos dos seus livros já viraram filme. Sua escrita é bastante plausível, ou seja, poderia perfeitamente ter acontecido na vida de pessoas reais aquilo que está escrito em seus livros.

Sua bibliografia é extensa, porém acredito que este livro traga a história mais trágica de todos, e, com certeza, é o maior drama com o qual já me defrontei em minha experiência como leitora.

A protagonista é Gabriella, uma mulher extremamente forte que sofre agressões físicas e verbais tão intensas que só uma pessoa muito forte poderia suportar. Desde pequena, sua mãe Eloise a espanca por qualquer coisa que acha que interfere na vida dela, principalmente quando se trata de sua vida amorosa com o marido John. Os dois eram apaixonados e quando se casaram, a mulher aceitava tudo de bom grado, menos ter um filho. Essa ideia lhe causava repulsa; porém com muita insistência, John acabou conseguindo que ela engravidasse. Ele queria muito ter um filho com ela.

Assim que a criança nasceu, começaram os problemas: o pai era fascinado pela menina e a mãe se sentiu rejeitada e enciumada. O tempo foi passando e o ciúme da mulher transformou-se em agressões, primeiro verbais e, aos três anos, a menina foi espancada pela primeira de inúmeras vezes, chegando ao ponto de quebrar-lhe costelas e provocar traumatismo craniano quando a criança tinha apenas nove anos. Mas na maioria das vezes em que foi espancada, a mãe não tinha a mínima compaixão por ela e o pai fingia que não via para não ter mais problemas com a mulher. Depois do último espancamento, a menina ficou deitada praticamente morta das dez da noite até o outro dia cedo quando o pai voltou de suas muitas noitadas posteriores às brigas com a mulher. Ele a levou ao hospital e, logo que ela voltou para casa, ele simplesmente abandonou as duas sem deixar maiores explicações.

Algum tempo depois, a mãe começou um relacionamento com Frank com que se casou depois do divórcio com John e foi morar em outra cidade. Como acreditava que a filha ia atrapalhar o seu novo relacionamento, abandonou-a também, levando-a a um convento onde passou a viver a partir de então. A mãe nunca mais manteve contato com a filha, limitando-se a enviar um cheque mensal para suas custas no convento.

Gabriella sentia a falta dos pais, no entanto sentia-se protegida junto com as irmãs como nunca tinha se sentido antes. Mas um relacionamento com o padre Joe iniciou um novo ciclo de sofrimento na sua vida. Não de agressões, mas de abandono. Mais tarde, fora do convento, houve mais agressões até que enfim, ela conseguisse se livrar psicologicamente dessa vida de sofrimento.

Um romance impactante. Não dá para parar a leitura, pois o leitor sente urgência em saber até que ponto sua fortaleza aguenta tanta dor.

Livro em capa dura, de folhas estreitas e brancas e tamanho de letra bom. Leitura rápida.

Ótima leitura. Super-recomendo.


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