MALALA YOUSAFZAI com CHRISTINA LAMB, TRADUÇÃO
CAROLINE
CHANG, DENISE BOTTMANN, GEORGE SCHLESINGER,
LUCIANO VIEIRA MACHADO, COMPANHIA DAS LETRAS,
2013, 342 páginas
RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES
Esta
biografia está dividida em cinco partes, cada qual contando etapas importantes
da vida sofrida da protagonista, de sua família e do povo paquistanês. Está escrito
em primeira pessoa e em parceria com Cristina Lamb.
A
escritora britânica co-escreveu o livro com a própria Malala – personagem da
vida real que sofreu um atentado de autoria do Talibã que virou notícia no
mundo todo. No Paquistão, ela e seu pai lutavam juntos com as armas que tinham
para que as mulheres muçulmanas tivessem direito à educação.
O
livro começa descrevendo o atentado em si. Depois conta a vida de Malala desde
o nascimento até sua recuperação depois do atentado, entremeando o relato com
os costumes do seu povo e a história do país.
Um
ponto a ser destacado em sua narrativa é o profundo respeito daquele povo com
relação a sua religião. O livro traz muitas palavras da língua de origem da
protagonista, mas a presença de um glossário faz com que o leitor possa
entender sua escrita.
O
pai estudou, era professor e até poeta. Sabia se expressar bem em várias
línguas embora fosse gago. Tinha o sonho de ter uma escola. A mãe só estudou um
dia e só se arrependeu quando conheceu o pai e soube do seu sonho. Ficou
frustrada pois não poderia ajudá-lo. Para ele, "a falta de educação é a
raiz de todos os problemas do Paquistão. A ignorância permite que os políticos
enganem as pessoas e que maus administradores sejam reeleitos."( p.50) E era essa a razão da sua luta para a qual conseguiu a adesão ampla e irrestrita da filha primogênita.
Pouco a pouco, o Talibã provocava o terror nas pessoas, pois aquele que não se curvasse as suas ideias era considerado subversivo e morto. As ameaças e até atentados frequentes fizeram com que poucos se manifestavam, pois se o fizessem, sua vida corria perigo. Pouca coisa era motivo para matar.
Aos 11 anos, Malala começa a escrever em forma de diário seu dia-a-dia para a BBC de Londres usando um pseudônimo. Ganhou vários prêmios por conta de suas ações ativistas e passou a ser ameaçada por isso.
Um trabalho exaustivo de pesquisa sobre as guerras que assolam aquele país praticamente desde que ele existe, contando inclusive com fotos sobre a família da jovem paquistanesa e de sua família e sobre os atentados terroristas sofridas por aquele povo.
Livro publicado em papel pólen agradável ao toque à visão.
Existe também o livro publicado com a mesma história numa versão juvenil.
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