quarta-feira, 8 de maio de 2019

74- Resenha do livro A ÚLTIMA CARTA DE AMOR


JOJO MOYES, TRADUÇÃO ADALGISA CAMPOS DA SILVA,

EDITORA INTRÍNSECA, 2016, 316 páginas (edição econômica)

RECOMENDAÇÃO: LITERATURA ADULTA

Jojo Moyes é uma escritora consagrada com milhões de exemplares conseguindo a incrível façanha de emplacar com três livros simultaneamente. Seu maior best seller é “Como eu era antes de você” que vendeu mais de oito milhões de cópias e ocupou a lista dos mais vendidos em nove países e foi adaptado para o cinema.

A autora inglesa trabalhou como jornalista antes de se dedicar exclusivamente à literatura. Este é seu primeiro livro. Tem um estilo próprio, jovem, atual. Lançado pela Intrínseca em 2012, ‘A última carta de amor’ vendeu mais de 100 mil exemplares e inaugurou a relação dos fãs com a autora.

Esse livro é bastante complicado de resenhar, mas é um romance envolvente ambientado em Londres. Nele, Jojo nos introduz no mundo da jornalista Ellie, 32, solteira e tendo um caso com um homem casado que a levava às estrelas, mas que não lhe dava expectativa nenhuma de um futuro juntos. Ela, como jornalista dos anos 2000, deveria produzir artigos para promover as vendas do jornal e atrair anunciantes e isso estava lhe causando um pouco de constrangimento porque as ideias não apareciam até que um colega dos arquivos do jornal lhe mostrou umas cartas de amor que caíram de uma pasta qualquer. Percebera imediatamente que ali se encerrava um mistério, uma história que talvez não devesse vir à tona tendo em vista quem seria seu autor. No entanto, ela procurou até encontrar dona da caixa postal da cidade para quem era endereçada tal carta.

A dona da carta, Jennifer, 60, viúva, uma filha, mulher de um semblante triste que ficou muito feliz ao ter conhecimento da carta e começa a relembrar o passado; fatos que aconteceram quando ela tinha 20 e poucos anos, era casada com um rico empresário. Tinha tudo o que queria, menos a felicidade gerada pelo amor.

A autora faz um vai-e-vem entre as vidas de Ellie e de Jennifer retratando suas histórias de encontros e desencontros. Os capítulos se alternam entre o passado e o presente de Jeniffer.

Em 1960, ela sofrera um acidente de automóvel quando finalmente tinha decidido que iria viver o romance com Anthony. Por causa do trauma no acidente, ela perdeu a memória e, ao voltar para casa, tenta desesperadamente se ‘encontrar’ como uma madame que nada faz a não ser, ser a mulher bonita e exemplar com quem seu marido aparece para a sociedade. Mas ela não se sente à vontade neste papel, percebe que este não é seu mundo. Mexe em todas as coisas da casa: quadros, roupas, calçados, objetos, fotos, livros tentando lembrar do passado que ficou perdido antes do acidente. Até encontrar uma carta endereçada a ela em que B. (simplesmente B.) lhe diz a hora e o aeroporto onde vai embarcar para uma nova vida com ou sem ela. Dá-se conta de que estava vivendo um romance extraconjugal, mas não consegue lembrar quem é B.. Tenta pensar nas pessoas que rodeiam a família que tenham o nome iniciado por essa letra, porém, não consegue conhecer o rosto do homem amado e tem medo de se expor fazendo perguntas.

Uma história em que os desencontros marcam a vida dessa mulher que, por azar do destino, esteve nos lugares certos, nas horas erradas.

O livro é dividido em três partes e cada capítulo inicia com uma última carta ou bilhete de amor de histórias reais cedidas pelos seus autores. Servem para ilustrar quantas histórias de amor interrompidas pelos mais diversos motivos acontecem por todos os lugares todos os dias.

O livro é muito bom. Recomendo.


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