JOJO
MOYES, TRADUÇÃO ADALGISA CAMPOS DA SILVA,
EDITORA INTRÍNSECA, 2016, 316 páginas (edição econômica)
RECOMENDAÇÃO:
LITERATURA ADULTA
Jojo Moyes é uma escritora consagrada
com milhões de exemplares conseguindo a incrível façanha de emplacar com três
livros simultaneamente. Seu maior best seller é “Como eu era antes de você” que
vendeu mais de oito milhões de cópias e ocupou a lista dos mais vendidos em
nove países e foi adaptado para o cinema.
A autora inglesa trabalhou como jornalista
antes de se dedicar exclusivamente à literatura. Este é seu primeiro livro. Tem
um estilo próprio, jovem, atual. Lançado pela Intrínseca em 2012, ‘A última carta de amor’ vendeu mais de
100 mil exemplares e inaugurou a relação dos fãs com a autora.
Esse livro é bastante complicado de
resenhar, mas é um romance envolvente ambientado em Londres. Nele, Jojo nos introduz no mundo
da jornalista Ellie, 32, solteira e tendo um caso com um homem casado que a levava
às estrelas, mas que não lhe dava expectativa nenhuma de um futuro juntos. Ela,
como jornalista dos anos 2000, deveria produzir artigos para promover as vendas
do jornal e atrair anunciantes e isso estava lhe causando um pouco de
constrangimento porque as ideias não apareciam até que um colega dos arquivos
do jornal lhe mostrou umas cartas de amor que caíram de uma pasta qualquer. Percebera
imediatamente que ali se encerrava um mistério, uma história que talvez não
devesse vir à tona tendo em vista quem seria seu autor. No entanto, ela procurou
até encontrar dona da caixa postal da cidade para quem era endereçada tal
carta.
A dona da carta, Jennifer, 60, viúva,
uma filha, mulher de um semblante triste que ficou muito feliz ao ter
conhecimento da carta e começa a relembrar o passado; fatos que aconteceram
quando ela tinha 20 e poucos anos, era casada com um rico empresário. Tinha
tudo o que queria, menos a felicidade gerada pelo amor.
A autora faz um vai-e-vem entre as
vidas de Ellie e de Jennifer retratando suas histórias de encontros e
desencontros. Os capítulos se
alternam entre o passado e o presente de Jeniffer.
Em
1960, ela sofrera um acidente de automóvel quando finalmente tinha decidido que
iria viver o romance com Anthony. Por causa do trauma no acidente, ela perdeu a
memória e, ao voltar para casa, tenta desesperadamente se ‘encontrar’ como uma
madame que nada faz a não ser, ser a mulher bonita e exemplar com quem seu
marido aparece para a sociedade. Mas ela não se sente à vontade neste papel,
percebe que este não é seu mundo. Mexe em todas as coisas da casa: quadros,
roupas, calçados, objetos, fotos, livros tentando lembrar do passado que ficou
perdido antes do acidente. Até encontrar uma carta endereçada a ela em que B.
(simplesmente B.) lhe diz a hora e o aeroporto onde vai embarcar para uma nova
vida com ou sem ela. Dá-se conta de que estava vivendo um romance extraconjugal,
mas não consegue lembrar quem é B.. Tenta pensar nas pessoas que rodeiam a
família que tenham o nome iniciado por essa letra, porém, não consegue conhecer
o rosto do homem amado e tem medo de se expor fazendo perguntas.
Uma
história em que os desencontros marcam a vida dessa mulher que, por azar do
destino, esteve nos lugares certos, nas horas erradas.
O
livro é dividido em três partes e cada capítulo inicia com uma última carta ou
bilhete de amor de histórias reais cedidas pelos seus autores. Servem para
ilustrar quantas histórias de amor interrompidas pelos mais diversos motivos acontecem
por todos os lugares todos os dias.
O
livro é muito bom. Recomendo.
DLL19: Maio | 2º Livro que se passe num lugar que você quer visitar (Londres)
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