13- Resenha do livro A MENINA QUE NÃO SABIA LER – VOLUME 1
JOHN HARDING, EDITORA LEYA, 2014, 288
páginas
RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES
O livro é muito bem
narrado pela protagonista Florence. Uma menina que mora numa mansão afastada de
quase tudo junto com seu meio irmão, Giles e os empregados de seu tio e tutor o
qual quase nunca está em casa e onde não recebe praticamente nenhuma atenção. E,
o pior de tudo para ela, é que por algum motivo alheio a sua vontade, Giles
recebe alfabetização enquanto ela é proibida de aprender a ler o que a deixa
extremamente contrariada.
Como ela se sente
muito sozinha, começa a vagar pela enorme mansão e encontra uma biblioteca
coberta de pó indicando que não é visitada por ninguém a bastante tempo e se
aventura pelo universo dos livros aprendendo a ler sozinha. Passa muitas horas
noturnas lendo a luz de velas na biblioteca para não ser descoberta.
Acontecem coisas
estranhas na casa e a preceptora de Giles se afoga num lago. Sua morte não foi
muito bem esclarecida. Logo depois, aparece outra preceptora tão ou mais
estranha que a primeira e, desta vez, em seus pesadelos, Florence vê a
senhorita Taylor querendo engolir seu irmão.
A partir daí, a
menina não sossega com sua presença e cria um plano mirabolante para tirá-la de
perto dele. A única pessoa em quem acredita que pode confiar esse segredo é
para Theo, um menino asmático da vizinhança que por causa de sua doença não
pode estudar num internato e que visita a casa com uma frequência indesejada no
início e bastante conveniente e até mesmo esperada, mais para frente.
O final é de arrepiar.
Como a menina lidou com a situação sem parecer culpada de tudo novamente.
O livro é dividido
em duas partes: a primeira vai até o capítulo 9 e a segunda, até o capítulo 32.
É uma leitura que seduz o leitor.
A MENINA QUE NÃO SABIA LER – VOLUME 2
JOHN HARDING, EDITORA LEYA, 2014, 288 páginas
RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES
O segundo volume da trama é contado pelo protagonista,
doutor John Shepherd. A história começa com ele
chegando ao seu novo posto de trabalho: uma ilha na qual funciona um hospital
psiquiátrico somente para mulheres. Lá, ele é recebido pelo médico responsável
que o põe a par da situação das pacientes (quase todas) e da rotina diária.
Rotina este que lhe pareceu bastante absurda, mas como ele era um médico com
pouca experiência ainda; não sabia bem como se posicionar a respeito.
À noite, recolhido em seu quarto à
luz de uma vela, ele abre sua pequena mala. Encontra apenas mais uma muda de
roupa, artigos de higiene pessoal e o livro “Tratamento moral” o qual ele não
imagina qual seja o seu conteúdo. Só bem mais tarde, o texto revela porque aquela
pouca bagagem lhe pareceu tão estranha.
Estranhíssimos também são os sons que
escuta durante a noite na completa escuridão da ilha.
Em seu primeiro dia de trabalho,
assistiu a uma sessão do tratamento de uma das pacientes que, para ele, era
mais uma tortura do que um tratamento. Em sua visão, uma pessoa nunca se
curaria sendo tratado daquela maneira; porém na visão do dr. Morgan, as
pacientes nunca se curariam. Essa forma de agir com elas era somente para que
se tornassem mais dóceis. Eram tratadas praticamente como prisioneiras.
Ele resolve que deve fazer uma
intervenção para tentar mudar a vida daquelas mulheres. Então lê o livro que
estava na sua mala e o que está escrito nele lhe parece muito pertinente e
insiste com o dr. Morgam que possa fazer uma experiência com uma das pacientes
para provar que sua teoria sobre um tratamento oposto ao usado pelo médico
chefe traria melhores resultados e até mesmo a cura, podendo assim, a paciente
voltar ao convívio na sociedade. Ele concorda, mas assegura-lhe que não
funcionará. Mesmo assim, dr. Shepherd escolhe uma paciente e inicia o
tratamento. A paciente escolhida – a menina que não sabia ler - o atraíra desde a primeira vez em que a viu e
ela o surpreenderá muito.
Haverá, a partir daí, muitas
descobertas muito bem enredadas pelo autor. O final é surpreendente. Tem toques
de terror.
O livro é dividido também em 32
capítulos e sua leitura absorve a atenção de tal modo que não se quer parar de
ler até conhecer o final da trama.
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