ELEANOR H. PORTER, CIRANDA CULTURAL, 2018, 207 páginas
RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES
O livro conta lindamente a história de Poliana, uma menina
de 11 anos que ao se tornar órfã de pai e mãe fica aos cuidados de sua tia
materna Polly a qual a recebe como um simples dever sendo ela a única parente
da pequena.
Ao chegar ao lugarejo onde a tia mora, foi recepcionada
pelos empregados da mansão Nancy e Timothy, mas isso não a deixou triste uma
vez que o pai lhe havia ensinado o jogo do contente e ela o praticava o tempo
todo e com todos.
Na mansão da tia, logo percebeu que não era muito bem-vinda,
mas não se intimidou e lutou para não demostrar que havia notado a má vontade
dela e estava decidida a tornar sua vida ali o mais feliz possível.
Logo de cara, conquistou a cozinheira Nancy dando a ela uma
nova perspectiva no seu local de trabalho o qual só conservava por estrita
necessidade, pois a patroa era por demais exigente e estava sempre de mau
humor. Da mesma forma aconteceu com o jardineiro e com Timoty, o cocheiro.
Tia Polly logo lhe impôs a rotina da casa e deixou bem claro
que não gostava de ser contrariada e nas vezes em que isso acontecia, ela se
tornava ainda mais detestável aos olhos de todos. Poliana, no entanto, estava
determinada a descobrir o porquê da amargura dela e fazê-la voltar a ficar de
bem com a vida.
Pouco a pouco, ela foi conquistando a confiança de todas as
pessoas com quem tinha contato ensinando-lhes o jogo do contente que consistia
simplesmente em achar um motivo qualquer em qualquer situação que pudesse
deixar as pessoas contentes.
Ajudava a todos que precisassem de sua ajuda; foi assim
quando o senhor Pendleton quebrou a perna e ela foi procurar ajuda, com Jimmy
que precisava um lar para chamar de seu e com todas as pessoas com quem ela
sentia que podia colaborar para que se sentissem melhor. Funcionou com todos,
menos com a tia que não abria seu coração.
Então aconteceu o atropelamento que tirou de Poliana a
capacidade de andar. Ela não conseguia mais jogar o jogo do contente, pois não
via mais razão nenhuma para ficar contente por ter de ficar acamada. Vários
médicos foram consultados, mas não conseguiam descobrir a resolução para seu
problema.
O coração da tia foi amolecendo e as coisas foram se
resolvendo e a paz começou a reinar naquele lar.
Um livro muito gostoso e rápido de ler. Tem uma leitura
fluida e agradável, dividida em capítulos curtos. Termina-se um e logo se quer
começar o próximo. Recomendo fortemente a leitura.
A história continua com o livro Poliana moça.
POLIANA MOÇA
ELEANOR H. PORTER, EDITORA CIRANDA CULTURAL, 2018, 237 páginas
RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES
A primeira parte do
livro conta a história de Poliana, uma adolescente de aproximadamente 12 anos
que fora adotada pelo casal Pollyana e o doutor Chilton depois de ter ficado
órfã. A menina tinha uma filosofia de vida que não se abalava por nada, nem
mesmo pelas coisas mais desanimadoras que pudessem ocorrer a ela ou com quem
ela tivesse contato. Todos gostavam dela justamente porque seu espírito
positivo era constante e contagiante.
Enquanto estava sob os cuidados da Sociedade Auxiliadora
Feminina, conheceu Jimmy, outro menino órfão por quem tinha um afeto especial.
Ele fora adotado pelo sr. John Pendleton.
Num verão desses, o senhor e a senhora Chilton iriam para a
Alemanha e Poliana ficaria com a senhora Rute Carew, uma viúva cujo único filho
e o marido eram falecidos e ela se apegara desesperadamente à esperança de
encontrar seu sobrinho Jamie que estava desaparecido o que a tornara uma pessoa
depressiva, sem ânimo para absolutamente nada. Quem providenciou para que
a menina ficasse com ela, foi a Irmã Della Wetherby, uma enfermeira que
conhecera o médico, dr. Chilton, e a menina num hospital onde os dois
trabalhavam durante um tratamento longo em que Poliana ficara internada, pois
perdera os movimentos das pernas. Neste período, a enfermeira percebera que as
atitudes da menina perante a vida, era o que a tinham feito voltar a andar.
A enfermeira conhecia o
“jogo do contente” executado pela menina e que ela ensinava a todos poderia
tirar sua irmã daquele estado de melancolia profunda em que se encontrava a
tantos anos. Falou com sua irmã sobre trazer a menina para ficar com ela
durante o verão. Ela ficou relutante, mas acabou aceitando a proposta de ter a
companhia da menina durante o verão. Escreveu então, uma carta ao dr. Chilton e
eles consentiram.
Nos primeiros dias de sua estadia na mansão, sua dona ficava
um pouco chateada com a menina, pois ela a mantinha ocupada o tempo todo, não
lhe dando tempo para pensar naquilo que ocupava seus pensamentos noite e dia
até então.
Elas foram se envolvendo, a menina conheceu outras pessoas
das maneiras menos convencionais possíveis e achava sempre um jeito de
apresentar essas pessoas à senhora Carew.
O olhar de Rute sobre a vida mudou quando conheceu um menino
cadeirante, extremamente pobre que passava seus dias num parque dando restos de
comida a animais. Sua história de vida sugeria que poderia ser o sobrinho
desaparecido. Então a sra. Carew foi conhecer sua família, mas nada conseguiu
descobrir sobre a origem do menino que tinha uns 4 ou 5 anos quando foi
encontrado pela sua mãe adotiva sem documento algum.
A sra. Carew se apegou ao menino e à ideia de que ele poderia
ser seu sobrinho a tal ponto, que aceitou a proposta de Poliana para adotá-lo o
que ela acabou fazendo e que transformou sua vida completamente, pois a partir
deste momento, tinha alguém para dividir seus dias.
Quando o verão acabou, a menina voltou para junto da sua
família.
A segunda parte do
livro retrata um outro momento da vida de Poliana. Ela agora já era moça, o doutor
Chilton falecera e as deixara numa situação financeira complicada. Polly,
a viúva, que sempre vivera com ostentações, se via às voltas com dificuldades
não sabendo de onde tirar o seu sustento.
Um dia, receberam uma carta de Rute na qual ela dizia
que ela e Jamie queriam passar uma temporada na cidade de Poliana e pedia recomendações
sobre as acomodações em que poderiam se hospedar. Poliana, então teve a ideia
de alugar os quartos da mansão para eles e fazer o serviço de cozinha e, com
isso conseguir o sustento. Durante sua estada na cidade, muitas coisas acontecem
que vão transformar a vida de todos os seus ocupantes.
Uma história emocionante que nos leva a refletir sobre
a importância do pensamento positivo em nossa vida.
Recomendo muitíssimo sua leitura.
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