terça-feira, 19 de novembro de 2019

105- Resenha do livro AS MEMÓRIAS DE EUGÊNIA

MARCOS BAGNO, EDITORA POSIGRAF, 1ª EDIÇÃO, 2012, 88 páginas

RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES

Marcos Bagno, escritor mineiro, começou a ler muito cedo e praticamente sozinho. A leitura e a escrita lhe pareceram um mundo mágico, por isso, ainda bem jovem sonhava em ser escritor. A tarefa o encanta de tal modo que escreve nos mais diversos gêneros tais como contos, poesias, narrativas de aventura e livros sobre o estudo da Língua Portuguesa.

A inspiração para este livro surgiu quando passeava por uma rua de Recife e viu uma plaquinha pendurada num jambeiro com seu nome científico “Eugenia Malaccensis”. Como achou esse nome muito chamativo, passou a imaginar memórias para esse jambeiro. O livro fez tanto sucesso que, com ele conquistou o 3º lugar do Prêmio Jabuti na categoria juvenil e foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura em 2012.

Segundo Luiz Ruffato “Um bom livro é aquele que você não consegue resumir em poucas palavras, porque permite várias camadas de leitura diferentes. As memórias de Eugênia é um ótimo exemplo dessa constatação.”

O livro é um romance juvenil e traz as memórias de Eugênia, uma árvore, durante cerca de 150 anos. Sua história se entrelaça com as histórias de vida das mulheres da família Carvalho. Começa com a história do nascimento de Eugênia que foi plantada por Margarida. O caroço de jambo resultou de um presente que recebeu e por ser uma fruta que não conhecia, mas de sabor muito agradável, ela plantou o caroço e dele veio a planta que Margarida levou para o local onde ela passaria a viver com seu marido logo após o casamento. Era nada mais que uma mudinha de 30 centímetros de altura quando foi levada ao povoado que mais tarde receberia o nome de Margarida. A mulher teve vários filhos e a árvore era a amiga com quem ela desabafava e para quem corria para contar suas alegrias.

A história vai contando paralelamente o desenvolvimento do povoado até que se transformasse em cidade e viesse a apresentar os primeiros problemas tipicamente urbanos. Margarida foi a primeira professora e também a esposa do primeiro prefeito. Rosa, sua filha mais nova, é a personagem pessoa mais importante da trama, e ela, assim como a mãe, fora atraída para a convivência com Eugênia. Rosa também ia chorar aos pés da árvore quando as coisas não davam certo como quando seu amor foi trabalhar na Marinha quando já tinham jurado se casar quando ele voltasse do serviço obrigatório. Chorou muito ao perder o contato com o amado achando que ele a havia trocado por outra. Mesmo assim, tratou de seguir em frente repassando a tradição do contato com a árvore e protagonizando sua própria história.

O final da história traz uma mensagem de superação, levantando temas como afetividade, relacionamento familiar, transformação da paisagem urbana de uma forma harmoniosa.
  
           A história não é dividida em capítulos, é uma leitura muito envolvente. Vale a pena ler o livro.

DLL 3º novembro – um livro de até 100 páginas

Um comentário:

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