MARCOS BAGNO, EDITORA POSIGRAF, 1ª EDIÇÃO, 2012, 88
páginas
RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES
Marcos
Bagno, escritor mineiro, começou a ler muito cedo e praticamente sozinho. A
leitura e a escrita lhe pareceram um mundo mágico, por isso, ainda bem jovem
sonhava em ser escritor. A tarefa o encanta de tal modo que escreve nos mais
diversos gêneros tais como contos, poesias, narrativas de aventura e livros
sobre o estudo da Língua Portuguesa.
A
inspiração para este livro surgiu quando passeava por uma rua de Recife e viu
uma plaquinha pendurada num jambeiro com seu nome científico “Eugenia
Malaccensis”. Como achou esse nome muito chamativo, passou a imaginar memórias
para esse jambeiro. O livro fez tanto sucesso que, com ele conquistou o 3º
lugar do Prêmio Jabuti na categoria juvenil e foi finalista do Prêmio São Paulo
de Literatura em 2012.
Segundo
Luiz Ruffato “Um bom livro é aquele que você não consegue resumir em poucas
palavras, porque permite várias camadas de leitura diferentes. As memórias de Eugênia é um ótimo
exemplo dessa constatação.”
O
livro é um romance juvenil e traz as memórias de Eugênia, uma árvore,
durante cerca de 150 anos. Sua história se entrelaça com as histórias de vida
das mulheres da família Carvalho. Começa com a história do nascimento de
Eugênia que foi plantada por Margarida. O caroço de jambo resultou de um
presente que recebeu e por ser uma fruta que não conhecia, mas de sabor muito
agradável, ela plantou o caroço e dele veio a planta que Margarida levou para o
local onde ela passaria a viver com seu marido logo após o casamento. Era nada
mais que uma mudinha de 30 centímetros de altura quando foi levada ao povoado
que mais tarde receberia o nome de Margarida. A mulher teve vários filhos e a
árvore era a amiga com quem ela desabafava e para quem corria para contar suas
alegrias.
A
história vai contando paralelamente o desenvolvimento do povoado até que se
transformasse em cidade e viesse a apresentar os primeiros problemas tipicamente
urbanos. Margarida foi a primeira professora e também a esposa do primeiro
prefeito. Rosa, sua filha mais nova, é a personagem pessoa mais importante da
trama, e ela, assim como a mãe, fora atraída para a convivência com Eugênia.
Rosa também ia chorar aos pés da árvore quando as coisas não davam certo como
quando seu amor foi trabalhar na Marinha quando já tinham jurado se casar
quando ele voltasse do serviço obrigatório. Chorou muito ao perder o contato
com o amado achando que ele a havia trocado por outra. Mesmo assim, tratou de
seguir em frente repassando a tradição do contato com a árvore e protagonizando
sua própria história.
O
final da história traz uma mensagem de superação, levantando temas como
afetividade, relacionamento familiar, transformação da paisagem urbana de uma
forma harmoniosa.
A história não é dividida em capítulos, é uma leitura
muito envolvente. Vale a pena ler o livro.
DLL 3º novembro – um livro de até 100 páginas
Muito boa essa resenha...com certeza irei ler
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