terça-feira, 27 de agosto de 2019

92- Resenha do livro VÓ MELINHA: CIGANA E RAINHA


ELIAS JOSÉ, EDITORA LAROUSSE JOVEM, 2009, 101 páginas

RECOMENDAÇÃO: PARA TODAS AS IDADES

            O escritor mineiro nascido em Guaranésia em 1936 foi professor de Literatura Brasileira e de Teoria da Literatura. Elias é autor de muitos contos e poemas traduzidos para várias línguas. Foi representante do Brasil em feiras de livros em outros países. Foi jurado em concursos literários, ministrou cursos, oficinas e palestras, participou de congressos de educação, linguística e de literatura. Deixou um forte legado para a literatura infanto-juvenil. Em 1962, ganhou o primeiro lugar num concurso de contos promovido pela revista Vida Doméstica.

O estilo de escrita de Elias José é marcado pelo realismo mágico, embora neste livro tudo seja muito verossímil. Sua produção literária iniciou em 1970 com o conto A MAL-AMADA e terminou em 2007 com o livro LITERATURA INFANTIL: LER, CONTAR E ENCANTAR CRIANÇAS, um livro para a formação para pais e professores. Faleceu em 2008.


Esse livro fofo é narrado em primeira pessoa por um dos três netos da dona Amélia, uma avó que adorava a presença dos netos enquanto seu marido, o avô Otávio era extremamente chato, um verdadeiro desmancha-prazeres.

A filha, dona Marisa trabalhava numa repartição pública e o genro ficava fora durante a semana toda, pois trabalhava em outra cidade. Sendo assim, os três filhos do casal iam à escola pela manhã e à tarde ficavam aos cuidados da empregada doméstica Teresa, exceto às segundas-feiras, dia em que invariavelmente, não ia trabalhar. Nestes dias, Marisa recorria a sua mãe para ficar com as crianças que faziam festa toda vez que iam à casa da avó. Ela os deixava totalmente à vontade. O avô era bem ranzinza, mas não se dava ao trabalho de corrigir os netos.

Quando ele faleceu, a avó, embora o tivesse amado muito, passou a sentir muito mais leve, de bem com a vida. As idas das crianças a sua casa continuaram, mas agora ela brincava junto com os netos e se divertia muito, mas, passado algum tempo, ela começou a ficar misteriosa. Ficava trancada em seu quarto ou saía sem dizer para onde ia enquanto os netos estavam lá.

As crianças começaram a especular até descobrirem o mistério e adoraram a ideia de terem uma avó diferente. Quem não gostou nem um pouquinho da mudança de dona Amélia, foi a filha Marisa que considerava colocá-la num sanatório no que foi abertamente impedida pelo marido às gargalhadas, adorando a sogrinha moderninha. Uma história muito divertida que fala do amor entre avós e netos e de que nunca é tarde para realizar seus sonhos. 

O livro tem parágrafos curtos sempre iniciados com alguma ilustração chamativa feita por Renan Santos. É um livro para se ler numa sentada só. Vale a pena, com certeza.

DLL  agosto -5º- Um livro de capa laranja

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